Confiar em anjos

02/12/2016 12:00

Diante da queda do avião da delegação da equipe da Chapecoense, que se dirigia à Colômbia para disputar a final da Copa Sul-Americana, acompanhados de repórteres, nos perguntamos sobre a vontade de Deus. 

E também pela ação dos nossos Anjos da Guarda. Os textos do Salmo 91.11,12 (“Deus mandará que os anjos dele cuidem de você para protegê-lo aonde quer que você for. Eles vão segurá-lo com as suas mãos, para que nem mesmo os seus pés sejam feridos nas pedras.”) e de Mateus 18.10 (“Cuidado, não desprezem nenhum destes pequeninos! Eu afirmo a vocês que os anjos deles estão sempre na presença do meu Pai, que está no céu.”), nos mostram com clareza que cada pessoa tem seu anjo da guarda. Os anjos da guarda são anjos encarregados de velar por todos nós. 

Por isso, escrevo novamente o texto abaixo sobre CONFIAR EM ANJOS, que nos ajuda a refletir sobre estas questões:

Se somos preservados de algum desastre, a quem devemos isso? E se alguém é atingido por uma catástrofe ou tragédia, como devemos entender isso? Como pode acontecer que o destino desfere um duro golpe na vida de pessoas boas? Que uma criança inocente seja vítima de violência? Falhou o anjo da guarda? Ou não devemos levar tudo isso tão ao pé da letra?

Às vezes, acontece algo que não podemos explicar. Algo que também não combina com aquilo que cremos a respeito de um Deus misericordiosos e onipotente que ordenou a seus anjos que me protegessem e carregassem em suas mãos. Afinal, a morte de um casal num acidente durante suas férias foi mesmo a vontade de Deus? 

Ao longo de milênios, procuramos imaginar Deus como Senhor de todos os senhores, como o mais poderoso entre todos os poderosos. Às vezes, também como um grande manipulador de marionetes. Mas Deus não é manipulador. Nem é um mágico que, para proteger seus fiéis, anula a lei da gravidade só para impedir que um avião com problemas mecânicos caia no oceano junto com todos os seus passageiros. Deus não é o manipulador celestial que pune os maus e protege os bons da infelicidade.

O poder de Deus é totalmente diferente. É silencioso. É suave. O poder de Deus não é violento. Deus sofre com quem sofre e alegra-se com quem se alegra. Deus está com os seus. Deus concede força a quem se dirige a Ele. Deus deseja o bem, quer a paz para Sua criação. Por isso, ajuda-nos a suportar os fardos pesados. Mas Deus não nos livra da doença e da morte. Nem da guerra e da violência. 

Não posso explicar tudo o que acontece comigo a partir de Deus. Deus, que é forte por meio dos fracos, também sempre me será estranho, misterioso, sem que eu possa explicar Seu ser e Seu agir. 

Assim, nada mais me resta senão aprender a praticar a confiança de que Deus compartilha tudo comigo, a felicidade, mas acima de tudo todo o sofrimento, especialmente o sofrimento que não compreendo. Deus não me impõe o sofrimento, mas envia Seus anjos para o meu lado. No momento do perigo ou do desespero, posso vivenciar que o bondoso Deus se dedica a mim por intermédio do Seu anjo. Quando a oração pela cura da doença não leva ao restabelecimento da saúde, quando a guerra não acaba e crianças continuam a morrer de fome, quando as últimas forças são empregadas para ainda manter nossa confiança em Deus – justamente essa é a hora dos anjos. Eles podem nos proporcionar um novo olhar para além da nossa limitação humana, podem nos fazer ver a realidade de Deus e dar-nos renovadas forças.

Conheça a Igreja Evangélica de Confissão Luterana em Petrópolis. 

Avenida Ipiranga, 346.

Cultos todos os domingos às 09:00h. Tel. 24.2242-1703.

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