Conheça Ana Rios, atriz responsável por ser o rosto, através da IA, de Elis Regina
Natural do Rio de Janeiro, Ana Rios foi a atriz responsável por emprestar seu rosto a Inteligência Artificial (IA) no comercial da Volkswagen que juntou Elis Regina e Maria Rita. A voz de Como Nossos Pais morreu em 1982 após uma parada cardíaca por uso de drogas e álcool – e Maria tinha apenas 4 anos.
Ana Rios tem atualmente 33 anos e é filha do diretor Luiz Henrique Rios, responsável por dirigir diversas novelas e minisséries da Globo como a atual novela das 21h, Terra e Paixão, Além da Ilusão, Passione e Da Cor do Pecado – além de diversas temporadas de Malhação, da qual Ana também atuou, em 2014, na Malhação Sonhos.
Depois, em 2018, esteve em Espelho da Vida, e integrou o elenco da série Homens?, disponível no Prime Vídeo. Já em 2021, escreveu e dirigiu o seu primeiro projeto autoral, o filme Estofo. Ela assinou a produção junto com o pai.
Em entrevista à Vogue, Ana Rios contou que assim que Maria Rita viu sua caracterização e interpretação com os trejeitos de Elis, foi às lágrimas.
“Na primeira vez que a gente fez, quando a Maria Rita me olhou e eu olhei para ela enquanto Elis, ela chorou muito”, lembrou Ana. “O set todo se emocionou, muitas pessoas choraram, foi o momento mais emocionante, que de fato me senti percebendo a importância do que eu estava fazendo e a força que foi a Elis”, contou. A voz utilizada no comercial é a original da cantora.
“Ela estava muito emocionada. Todo mundo ficou muito mexido por estar vivendo esse encontro, foi muito lindo. Maria Rita falou que conversando comigo não pareço com a mãe, ‘mas na hora que você chegou do meu lado cantando e fez os trejeitos era como se fosse a minha mãe ali’, ela disse. Esse foi o maior reconhecimento para mim”, completou a atriz.
Como isso foi possível?
A publicidade, que celebra os 70 anos da montadora no Brasil, usou deep fake, uma técnica de sobreposição de voz e expressões, para compor o dueto cantado por mãe e filha na música Como nossos pais, de Belchior, um clássico dos anos 70.
Para unir as cantoras na peça, foi preciso unir as técnicas chamadas deep fake e deep dub, que referem-se, respectivamente, à criação de rostos e vozes por meio de IA. A montagem foi possível porque o ponto central do desenvolvimento de um vídeo como esse é a interação entre duas IAs: enquanto uma gera um conteúdo, a outra tenta decidir se aquele conteúdo é real ou falso.