Corrida não substitui o psicoterapeuta

02/jun 08:00
Por Prof. Luiz Carlos Moraes

A corrida não substitui o tratamento psiquiátrico e/ou psicoterapêutico. Ela é adjuvante ao tratamento. Ou seja, sozinha não resolve os problemas de depressão, ansiedade e outros emocionais. Muitos corredores relatam que quando correm se sentem muito bem. É verdade, pois libera muitos hormônios que dão essa sensação de bem estar como a dopamina, a irisina, a endorfina, entre outros relacionados à recompensa e o prazer. Além disso, sabe-se que também libera outro neurotransmissor (BDNF) chamado fator neurotrófico acumulado no hipocampo e córtex cerebral.

Baixa concentração é um marcador importante em pessoas com doenças neurodegenerativas. Entretanto, o médico psicoterapeuta ou psiquiatra é que pode ir liberando aos poucos as consultas. Se estiver usando também medicação, o profissional irá orientar o chamado desmame. A medicação vai sendo retirada aos poucos. Repito. A corrida é fantástica, mas sozinha não resolve tudo. Há inclusive o perigo da corrida se tornar um vício, muito nocivo ao corpo com sucessivas lesões. A gente sabe que lesão dói mais na alma do que no corpo. Corra para viver; não para morrer! Fico por aqui.

**Literatura Sugerida: 1) ROCHA, Inês et al. Exercício Físico na pessoa com depressão: revisão sistemática da literatura. Revista Portuguesa de Enfermagem de Reabilitação. (2019). 2) CAMPOS, Marcelo Cavalheiro. O exercício físico e sua relação com o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) e a plasticidade sináptica (2014).

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