Cortem as cabeças!!!

25/08/2016 09:00

A grande festa, as Olimpíadas, demonstrou ao mundo do quanto é capaz nosso povo, se não pela conquista de muitas medalhas, mas pela criatividade, coragem e valor de nossa gente. O magno acontecimento deixa uma herança para o futuro, o reconhecimento do Brasil como nação capaz de suplantar adversidades, dar a volta por cima e despontar como legítimo candidato ao pódio maior entre as maiores nações do globo terrestre. E, até, com direito ao pódio das gafes monumentais como o redesenho feito pelo nosso presidente do COB, Nuzmann, que alterou, em inglês, uma das cores da bandeira nacional. Tudo perfeitamente perdoável e em clima de muita cor e alegria. Afinal, ainda tem gente que pensa que Buenos Aires é a capital do Brasil.

Em outra vertente, esta negativa, a política nacional e, em particular, a fluminense, entregue à sanha dos maus políticos que envergonham os princípios éticos e morais da ciência política. Com efeito, o nosso estado – mesmo que na companhia das demais unidades da federação – vai de mal a pior. Apoiando a aventura petista, por suas lideranças no poder, o estado do Rio de Janeiro precipitou-se em um abismo profundo sem precedentes e após despontar-se um dos mais importantes produtores de petróleo do país. Os ventos nefastos e inconsequentes da má gestão dilapidaram a riqueza pelos corredores da corrupção desenfreada, facilitada pelo exemplo de cima, elevando o estado à quinta essência da pior inconsequência política de todos os tempos.

Em nosso território, o pequeno Rio de Janeiro, estado que centralizou a política nacional, por vezes respeitado, na justa ação de incontestáveis valores de grandes personalidades, é hoje uma caricatura grotesca cujas sombras aterrorizam o presente e lançam imprevisíveis manchas e indeléveis nódoas ao futuro.

O corrente 2016 é o ano histórico do paradoxo fluminense onde o brilho das cores olímpicas mistura-se ao negror das cabeças de alguns políticos de plantão, em simbiose esdrúxula e inaceitável pelo absurdo da mais comezinha comparação. E, com eleições municipais a serem realizadas a toque de caixa, com postulações de pouca valia ou repetitivas das mesmas figurinhas.

Na esfera nacional – deus ! -, esse processo do impedimento que mais parece uma ópera bufa de incontáveis cacos teatrais e improvisações sem sentido e comprometedores do espetáculo ; o cai-não-cai do dia-a-dia político, com atores e atrizes trocando farpas sob transmissão nacional, junto a conchavos do toma-lá-dá-cá, na exigência dos mesmos favores de sempre, todos eleitoreiros ; puxa-vida ! quem acredita em tudo o que está acontecendo?!

O país e nosso estado RJ continuam perseguindo o coelho branco, caindo no reino com a inocente alice, onde o ser mais equilibrado é o chapeleiro louco e a criatura mais coerente é a rainha que manuseia o baralho e personagem da melhor sentença de todo o imbroglio:

– Cortem as cabeças !!!

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