Costureiras se unem para reaproveitar material usado em hospital na produção de máscaras

30/04/2020 16:49

Diante das recomendações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúdesobre o uso de máscaras, para diminuir as chances de contágio pelo novo coronavírus, muitas entidades envidaram esforços para a fabricação desse equipamento de proteção individual. As equipes de costureiras da hotelaria do Hospital Santa Teresa (HST) e do Colégio Santa Catarina, instituições de Petrópolis que fazem parte da Associação Congregação de Santa Catarina, não ficaram de fora.

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Procurada pelo projeto Um Milhão de Máscaras, de Belo Horizonte, a Tecnóloga em Meio Ambiente do HST, Tâmara Maciel, resolveu aderir à campanha, que tem por objetivo a doação para pessoas mais vulneráveis e também para os colaboradores do hospital.

A proposta do projeto é a produção de máscaras através da reutilização de SMS, material compatível com TNT, que serve para embalar bandejas usadas no centro cirúrgico. Após ser descartado, esse utensílio passa pela Central de Material e Esterilização (CME) do hospital, área responsável pela limpeza e processamento de instrumentais médico-hospitalares. Em seguida, o SMS é segregado em local separado sem mistura de resíduo. Para garantir que não haja contaminação, fica em “repouso” por 72 horas, sendo desinfectado com uma solução de água sanitária com água. Posteriormente, é reutilizado para a fabricação das máscaras de uso pessoal.

Comandada pela tecnóloga e seus colegas do Setor de Segurança do Trabalho, juntamente com as costureiras e a Irmã Ednalva Spínola, a produção das máscaras está a todo vapor e a doação será realizada em três momentos distintos. Primeiro será feita a distribuição interna para colaboradores do hospital, para uso externo, e seus familiares. Em um segundo momento, a distribuição será feita à população local no ponto de ônibus localizado em frente ao hospital. Por fim, as máscaras serão doadas pessoalmente na comunidade São José, em Petrópolis. Todas as ações de distribuição serão realizadas de acordo com os protocolos de segurança e higiene da Vigilância Sanitária.

Para Tâmara, “é muito gratificante poder contribuir com a confecção dessas máscaras, que não só protegem, mas também garantem a preservação da vida de tantas pessoas. Esse material poderia estar indo direto para o lixo, mas nós estamos reutilizando da melhor maneira possível no momento”.

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