Covid: entidades assinam ‘Manifesto em Favor da Vida’ cobrando ações da prefeitura

Quais os dados baseiam abertura e fechamento de atividades? Quais os números de queda de casos, internações e mortes foram usados para flexibilizar atividades? Qual o índice de contaminação e isolamento na cidade? É o que exigem saber entidades representantes de trabalhadores, empresas, instituições e partidos políticos.  O movimento é apolítico e já tem assinaturas do Centro de Defesa dos Direitos Humanos, Centro Alceu Amoroso Lima, cinco sindicatos  e várias associações de moradores.  Ele será colocado em forma de petição pública para mais adesões de instituições e cidadãos.

Mais ações e transparência

O manifesto cobra transparência  nos recursos recebidos pela prefeitura, melhoria nos atendimentos nos pontos de apoio, compra de vacina e se há material médico suficiente (inclusive kit intubação) nos hospitais. Depois de recolher assinaturas de entidades e instituições, o manifesto será enviado aos ministérios públicos estadual e federal.

Quem sabe ajuda a pensar

Vale a pena abordar porque talvez não tenham mesmo pensado nisso: a prefeitura vem, sistematicamente, aumentando o número de leitos de UTIs para pacientes covid.  Já temos 120 desses leitos. Mas, não pode ser uma ação isolada dar à cidade apenas retaguarda de leitos. São necessárias outras ações como distanciamento social – incentivado e determinado – porque os leitos não tratam sozinhos os pacientes. São necessárias equipes médicas, em escassez, e as que existem estão sobrecarregadas. 

Consequência

Com  o aumento da pandemia de coronavírus e decretos de lockdown, a procura por exames de mamografia caiu. Segundo dados da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) 46,4% das mulheres não realizaram o exame que detecta câncer de mama em 2020. Uma pesquisa feita pelo IBOPE revelou que 73% das mulheres com mais de 60 anos disseram que iriam aguardar o fim da pandemia para realização do exame. O mastologista e diretor da Unidade Especializada em Mama do Instituto Nacional de Câncer (INCA), Marcelo Bello, afirma que a queda na procura desses exames vai sobrecarregar o sistema de tratamento oncológico em 2021 e 2022.

Diga ao povo que sou candidato

O vereador Marcelo Lessa (Solidariedade) anunciou ontem aos Partisans que é candidato a prefeito nas eleições suplementares – se forem mesmo realizadas. Surpreende com a decisão porque Lessa é um dos mais ardentes defensores da gestão do interino de Hingo Hammes (que também já anunciou que é candidato). Mas, Lessa nas últimas semanas tem cobrado o governo de forma mais contundente, sinal de que a paciência estava mesmo acabando. E ele já escolheu o vice: Mauro Peralta, também vereador (PRTB).

Multas 1

Até hoje nenhuma multa foi aplicada a pessoas sem máscaras nas ruas da cidade. E vai assim continuar até alguém se mexer e acertar a parte jurídica. A multa instituída por decreto por Bernardo Rossi não tem validade. O ato administrativo não pode criar obrigações ou impor penalidades sob infringência do princípio constitucional da legalidade. Tá escrito lá no artigo 5º, inciso II da Constituição Federal.

Multas 2

A solução é passar uma lei pela Câmara – algum vereador também pode tomar a iniciativa – ou a prefeitura regulamentar em Petrópolis alguma lei federal existente. Só doendo no bolso é que a população vai cumprir. Porque está um absurdo a quantidade de gente sem máscaras nas ruas ou usando errado no queixo.

Salve o brechó!

A plataforma ThredUp, da Califórnia, estreou no mercado financeiro americano triplicando o seu valor e batendo na casa de R$ 7,3 bilhões. Ela é dedicada à venda de roupas de segunda mão um mercado em ascensão por conta da conscientização ambiental  e também porque as pessoas estão com menos dinheiro.

Lá tá ruim também

Cada um com seu problema derivado da falta de conscientização nesta época de isolamento social. A Região dos Lagos, um segundo lar para o petropolitano raiz, sofre com a quantidade de lanchas e outras embarcações entupidas de gente sem máscaras, tudo grudadinho, confraternizando em praias.

Contagem

Petrópolis está há 113 dias sem prefeito eleito pelo povo.

Não deu em nada

E o gabinete do secretário de Saúde transferido para o Hospital Alcides Carneiro? Mesmo sendo o titular da pasta Aloísio Barbosa encontra resistências dentro do próprio HAC dirigido ainda por cargos de confiança de Bernardo Rossi.

Livro

É um must o livro “Classificados da Corte: o cotidiano do Rio de Janeiro joanino a partir dos anúncios de jornal”, escrito pelo petropolitano João Victor Pires e que será lançado dia 26. Pires, que é radicado em Lisboa, pesquisou mais de 1.600 edições da Gazeta do Rio de Janeiro, primeiro jornal impresso do Brasil. Com base em  mais de nove mil anúncios de classificados, João Victor descreve como era o  cotidiano do Rio de Janeiro entre 1808 e 1821.  Jornalista de formação e mestre em história, João Victor contou com a capa produzida pela ilustradora Bia Penna, petropolitana que trabalha no Laboratório de Conservação e Restauração do Museu Imperial.

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