CPTrans deixa rodoviários da Cascatinha sem respostas mais uma vez

06/mar 16:16
Por Wellington Daniel

A Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) desmarcou a reunião que seria realizada nesta quarta-feira (06) com funcionários da Cascatinha. A decisão da companhia deixou os representantes do Sindicato dos Rodoviários apreensivos, enquanto é aguardado o desfecho da transferência ou não das linhas da viação, prevista para uma decisão no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro no dia 19.

Na Justiça, quando solicitou a transferência das linhas, a CPTrans não citou a questão dos rodoviários. A manifestação só ocorreu em audiência especial, no dia 6 de fevereiro, quando o município se comprometeu a assegurar o emprego destes funcionários. No entanto, desde então, foram poucas as conversas entre a companhia e os profissionais.

No dia 20, por exemplo, às vésperas do dia que seria a efetivação das substituições, os rodoviários fizeram uma paralisação, pois ainda não tinham sido informados como ficaria a situação com a mudança. O diretor-presidente da CPTrans, Thiago Damaceno, chegou a ir ao local, mas não apresentou respostas concretas.

A pauta da reunião cancelada abordaria diversos temas relacionados às condições de trabalho dos rodoviários, incluindo a possibilidade de demissões de trabalhadores e as questões relacionadas aos direitos trabalhistas.

“A decisão judicial prevista para a audiência do dia 19 de março determinará a permanência ou não da empresa Cascatinha na operação do transporte de passageiros no município, impactando diretamente na vida dos trabalhadores rodoviários e a rotina de milhares de usuários, por isso estamos tentando estar um passo à frente e avaliando todas as possibilidades para defender e proteger os trabalhadores”, pontuou Glauco da Costa, presidente do Sind. Rodoviários.

A CPTrans não respondeu à Tribuna sobre o cancelamento da reunião. Ao sindicato, disse que qualquer discussão só se fará válida após a audiência do dia 19.

Condições precárias

Enquanto isso, passageiros continuam a enfrentar as condições precárias do transporte na cidade. Pouco tempo após a decisão do TJRJ, no dia 5 de março, um coletivo da viação Cascatinha, que fazia a linha Boa Vista, foi flagrado com avarias no teto, o que causou goteiras. Um passageiro precisou abrir o guarda-chuva para se proteger.

Mais a noite, um motorista abandonou o ônibus que fazia a linha Vale dos Esquilos, no Terminal Centro, após uma confusão com passageiros.

Mantendo o silêncio em relação ao caos no transporte público, a CPTrans também não respondeu sobre estes dois temas. A Cascatinha também não retornou aos contatos.

Desde dezembro, a Prefeitura também não informa o andamento da licitação das linhas operadas pela empresa, uma determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

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