CPTrans é igual a estacionamento rotativo: 8 presidentes em pouco mais de 3 anos

O cargo de presidente da CPTrans é igual ao estacionamento rotativo. Vejam que de dezembro de 2020 até este mês são oito trocas de presidente. No final de 2020 era Jairo Pereira e no apagar das luzes da gestão Rossi entrou José Luis Voigt, que não quis assinar umas papeladas e saiu com menos de 10 dias, sendo substituído por Íris Palma. Aí, chegou a gestão de Hingo Hammes e o nomeado foi Luciano Moreira. Veio o governo Rubens Bomtempo e Jamil Sabrá assumiu para ficar pouco mais de um ano e ser substituído por Badia, também dispensado. Entrou Thiago Damaceno que já saiu agora para ser candidato a vereador e deixou em seu lugar seu assessor, Diogo Araújo. De todos esses nomes, apenas um tem status de técnico na área, que é Luciano Moreira. Os demais são cargos políticos.

Reajuste vem aí

Agora vamos imaginar que esse troca-troca e a falta de expertise não compromete ações para o trânsito e transporte? É um dos bons motivos para o transporte público ter chegado na situação atual. E mais: esse mês é dissídio dos rodoviários e as empresas vão apresentar pedido de reajuste da tarifa. Mesmo a oferta do serviço na PetroIta e Cascatinha ser o que se vê hoje.

Sem subsídio

Com os R$ 288 milhões a mais de ICMS conquistados por força de uma liminar que caiu ( e voltamos ao patamar anterior) a gestão Bomtempo chegou a pensar em subsidiar de forma mais contundente o sistema de transporte público. Com ICMS a menos e a corda no pescoço e ainda com a possibilidade de ter de devolver R$ 408 milhões ganhos a mais, a ideia deixou de ser debatida.

Só pra saber

Vamos deixar aqui uma provocação para nossos queridos pré-candidatos a prefeito: com exceção de Rubens Bomtempo, todos estão nas redes sociais falando das mazelas da população com o transporte público e cobrando ações da atual gestão. Mas, qual o plano de cada um para resolver? Tipo: se for eleito, dia 1° de janeiro de 2025 o usuário de transporte pode esperar o que?

Contagem

E Petrópolis está há 362 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

Tempo quente
Essa semana as coisas esquentam para Castro e seu vice, Pampolha.  O Tribunal Regional Eleitoral vai começar a julgar o pedido de cassação da chapa ao governo do estado depois das denúncias da folha secreta da Ceperj e da Uerj. Deu prazo até amanhã para as alegações do Ministério Público e, até o dia10, para as defesas.  São dois pedidos de cassação: de Marcelo Freixo, que concorria ao governo,  e do Ministério Público, que se tornaram um único processo e envolve mais 11 denunciados.  Pessoal respirou e prendeu o ar com muita apreensão porque a decisão pode mudar totalmente o cenário eleitoral de outubro no estado.

Tá enrolado

O governador Castro está em uma fase complicada. Além de ter de justificar porque deu R$ 10 milhões em patrocínio para o show de Madonna vai ter que mostrar a necessidade de investir R$ 7,7 milhões para a compra de instrumentos para a Banda Sinfônica do Corpo de Bombeiros. Se não fosse justamente na semana que ele falou da situação financeira do estado por causa da dívida com a União e que pode atrasar salários até que passava bem. Mas…

Ué?

E deu-se polêmica com o fato de Hingo Hammes ter divulgado que foi o único pré candidato a prefeito a comparecer a um seminário sobre as soluções para as inundações na cidade. Os organizadores disseram que ele foi convidado como vereador e não como pré candidato. Mesmo assim, a gente acha válido que ele tenha anunciado sua presença e contado vantagem como pré. Afinal, o evento era público e amplamente divulgado e os outros pré poderiam ter ido, ainda que na plateia.

É pra sempre

Ai, meu Jesus Cristinho, mas já me acharam de novo? E não é que ressuscitaram, pela milionésima vez, o vídeo de Ramon Mello, aliado e ex-secretário de Bomtempo, em que ele ataca o então concorrente na campanha, em um debate, em que estava ao seu lado dizendo “porque eu não recebo dinheiro de empresas de ônibus para a minha campanha”. Circula com vontade nas redes sociais, motivada pelos últimos acidentes com ônibus na cidade.  Meme é igual ex-mulher: pra sempre.

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