CPTrans emite 177 multa às empresas de transportes público por má prestação nos serviços

25/02/2017 08:00

As empresas de transporte público de Petrópolis estão recebendo 177 multas aplicadas pela CPTrans, empresa responsável pela fiscalização do transporte público. Este é o resultado da fiscalização feita pela Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes em janeiro que resultou em 219 notificações às permissionárias. As empresas corrigiram 42 dos itens apontados e estão sendo punidas pelos 177 que deixaram de providenciar. 

Durante a fiscalização, técnicos da Companhia encontraram problemas de limpeza, bancos rasgados, lanternas queimadas, extintores de incêndio com defeito, falta de adesivos de lotação, propagandas tampando a numeração da linha, bancos soltos, falta de braço de apoio para cadeirantes, luz de freio danificada, teto com avarias, entre outros problemas. Uma lista foi entregue a cada uma das cinco empresas para que elas resolvessem as situações apresentadas. 

“Precisamos ser firmes para garantir um transporte público de qualidade à nossa população. O trabalhador deve ter seu direito de ir e vir assegurado, com conforto, em um coletivo que seja adequado ao transporte. Vamos manter uma postura firme, cobrando um serviço cada vez melhor. A população não pode ser penalizada pelos problemas das empresas”, destacou o diretor-presidente da CPTrans, Maurinho Branco. 

Ao todo, Petrópolis conta com uma frota de 366 veículos circulando todos os dias no Centro e distritos. Há, ainda, 20 carros reservas, utilizando quando um veículo quebra ou tem algum problema que o impede de circular. Das 177 multas, 65 serão enviadas à Petro Ita, 50 à Turb, 37 à Cascatinha, 13 à Cidade Real e 12 à Cidade das Hortênsias. As empresas têm o direito de recorrer às multas. 

Em janeiro, quando a CPTrans realizou a fiscalização na Transpal, encontrou uma série de irregularidades nos dois ônibus que, à época, atendiam as linhas. Em um deles foram encontrados sete problemas, que foram notificados. O outro sequer foi autorizado a circular, devido às péssimas condições do veículo. A empresa também vinha descumprindo outras obrigações, como a não garantia dos horários e colocando, inclusive, a vida dos usuários em risco, sendo impedida, portanto de atuar em Petrópolis.

“Nosso objetivo é sempre levar à população um serviço de qualidade. Se uma empresa não cumprir com suas obrigações vamos notificar, solicitar os reparos e, caso não realize as alterações necessários vamos multa-las. O caso da Transpal é um exemplo disso. Desde que assumimos já pegamos uma série de reclamações dos usuários. O flagrante do motorista bêbado foi o estopim. Não podemos permitir que esse tipo de coisa aconteça na cidade”, finalizou o diretor técnico operacional, Luciano Moreira.

O Setranspetro informou que acredita que o fato da CPTrans fiscalizar as empresas de ônibus demonstra a regularidade e responsabilidade com o serviço que as empresas prestam a população. Destaca ainda que a grande maioria dos problemas apontados na vistoria foram gerados por atos de vandalismo e serão resolvidos, mas para que os ônibus não deixassem de atender a população e cumprir as viagens, não foi possível realizar todos os reparos no tempo estabelecido. Alguns ônibus chegam a ficar dois dias parados apenas para realização de estofamento de acentos rasgados e bancos danificados.

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