CPTrans volta atrás e renova convênio com Guarda Municipal
Operação de trânsito deve voltar a ser feita parcialmente pelos guardas; licitação de R$ 2,5 milhões vai contratar mais operadores
A CPTrans voltou atrás e resolveu renovar o convênio com a Guarda Civil Municipal para operação no trânsito da cidade por mais um ano. A assinatura aconteceu nesta quarta-feira, um dia após a Tribuna noticiar a suspensão do convênio, e uma semana depois de um aviso interno ser enviado aos colaboradores da Guarda informando sobre o fim das operações de trânsito pelo órgão municipal. Enquanto isso, segue em execução um contrato emergencial de R$ 223 mil mensais para a contratação de operadores de trânsito, e está prevista para acontecer em agosto, uma licitação de R$ 2,5 milhões, para o mesmo serviço pelo prazo de um ano.
O anúncio da renovação do convênio foi feito da mesma forma como as últimas notícias referentes à CPTrans: exclusivamente na rede social e na lista de transmissão do diretor-presidente da Companhia, Jamil Sabrá, sem nenhuma comunicação oficial por parte do município.
Ao lado de Sabrá no vídeo publicado na tarde desta quarta, estavam o secretário de Segurança, Serviços e Ordem Pública, Almir Schmidt (que também acumula a Secretaria de Obras), o comandante geral da Guarda Civil, Charles de Mattos, e o gerente de trânsito da CPTrans, Alexandre Vieira.
Segundo o diretor-presidente, a Guarda vai apoiar o trabalho da CPTrans no ordenamento do trânsito, como vem sendo realizado ao longo dos últimos anos.
No último dia 13, na semana passada, o aviso divulgado pela GCM informava que “todas e quaisquer atividades relacionadas a trânsito, como fiscalização e autuação de infrações” estavam suspensas, e que “todas as chamadas relativas a trânsito deverão ser direcionadas à CPTrans”.
O informativo afirma, ainda, que as equipes que atuam no trânsito seriam remanejadas para outras áreas, e que todos os guardas deverão passar a usar os uniformes pretos e guardar os talonários até segunda ordem.
Além do convênio com a Guarda, a CPTrans garantiu o ordenamento do trânsito com a contratação emergencial (sem licitação) de 25 operadores, pelo valor de R$ 223 mil mensais, por um período total estimado em três meses, com fim previsto em agosto. No total, a prestação do serviço deve custar R$ 669 mil aos cofres municipais.
Porém, o contrato e suas especificações não foram publicados no Portal da Transparência da CPTrans, impedindo que a população tenha acesso e acompanhe os gastos do dinheiro público. Questionada pela Tribuna sobre a não publicação do contrato, a Prefeitura não deu explicações.
O contrato emergencial vale até 15 de agosto, quando uma nova licitação acontece para definir a empresa que irá prestar o serviço de ordenamento do trânsito. O valor previsto é de R$ 2,5 milhões.