Crematório improvisado no Cemitério é o retrato do abandono
É estarrecedor que exista um crematório improvisado no Cemitério Municipal, no centro da cidade. Você conferiu nas páginas de Cidade da Tribuna o caso de polícia envolvendo o incêndio de ossadas. Funcionários foram levados para depor, e a polícia suspeita de um possível esquema de descarte de cadáveres para liberação e venda de jazigos. Se isso for uma prática comum, o depoimento de moradores, que podem testemunhar, é essencial. A prefeitura afirmou que o incêndio ocorreu em um local de escombros. Mas que local? Porque onde as gavetas desabaram, nas quadras 9 e 15, não há uma empresa removendo os restos mortais. Existe outro local de escombros além desses?
Mas o que é feito das ossadas exumadas?
São muitas perguntas a serem respondidas. Talvez a polícia consiga esclarecimentos da prefeitura, como, por exemplo, o destino das ossadas após o vencimento do prazo de três anos para uso das gavetas. Famílias podem acompanhar a exumação, mas muitas não comparecem. E o que é feito das ossadas? Se a desocupação das gavetas é frequente, deve haver uma empresa contratada para lidar com os restos mortais, como um crematório, por exemplo. Como é feito esse processo? Quem está contratado para isso e quanto custa?
Menos, bem menos”
Mesmo que tenha sido um caso “isolado”, a falta de segurança no cemitério — um problema de décadas — fica ainda mais evidente. Nos bastidores, se fala que seria um ato de oponentes políticos. Gente, aí, não.
Coloca na pauta!
O Conselho Municipal de Trânsito vai se reunir na segunda-feira, na CPTrans, para aprovar as atas das reuniões anteriores, eleger o representante do Comutran no ComCidade e apresentar as estatísticas de acidentes de trânsito, além de discutir como reduzi-los. Será que vão incluir os acidentes envolvendo ônibus nesses dados e propor uma solução para os coletivos que perdem o freio todo dia?
Xiiii!
Vocês perceberam que ainda não houve reajuste da tarifa de ônibus este ano? A revisão tarifária normalmente acontece em maio, no máximo até julho. Como é ano eleitoral, e com a crise no transporte (agora com a Petro Ita tentando continuar operando aos trancos e barrancos), seguraram esse boi pelo chifre. Mas, passada a eleição…
Que fim levou?
E aquele mandado de segurança que o vereador Mauro Peralta ingressou na justiça para obrigar a mesa diretora da Câmara a colocar em votação as contas dos ex-prefeitos, começando pelas de 2016 de Bomtempo? Deu em quê?
Não vai funcionar
Rubens Bomtempo fez da Petro Ita e de seu desserviço sua bandeira nesta campanha eleitoral. Nas redes sociais, mais uma vez, adota uma postura vitimizada, colocando a empresa como o vilão que tenta se manter na operação apoiada em liminares judiciais. Longe de querermos nos intrometer, mas essa estratégia não vai decolar. Todo mundo sabe que o serviço é uma permissão e, como tal, deveria ter sido fiscalizado e cassado no momento certo, quando o contrato deixou de ser cumprido. Aliás, esse contrato foi renovado sem licitação, em 2015, durante a gestão de Bomtempo.
Contagem
Petrópolis está há 1 ano e 117 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Perdeu a oportunidade
No fim de semana, a Turp e a Cidade das Hortênsias participaram da 1ª ExpoBus RJ, uma exposição de coletivos novos e antigos realizada em Caxias. A Cidade das Hortênsias até ganhou um prêmio como a frota mais bem cuidada do estado. Já a Petro Ita podia ter arrasado se tivesse levado seus “sucatões” para mostrar a que ponto se pode chegar e ainda continuar rodando.
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