Criptomoedas: bitcoin volta a subir, e fica acima de US$ 100 mil, com nomeações de Trump

08/dez 10:01
Por Matheus Andrade, especial para o Broadcast / Estadão

O bitcoin voltou a avançar na sessão de sexta-feira, 6, retomando o nível acima de US$ 100.000. As nomeações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para seu governo seguem oferecendo impulso ativo, com uma crescente expectativa de que a administração representará uma era de regulamentações mais favoráveis às criptomoedas.

Perto das 16h50 (de Brasília), o bitcoin subia 2,18%, a US$ 101.693,67, enquanto o ethereum avançava 5,86%, a US$ 4.065,51, no mesmo horário, de acordo com a Binance.

Trump indicou o investidor de venture capital David O. Sacks ao novo cargo de czar da Casa Branca de inteligência artificial e cripto. Em comunicado, Trump afirma que Sacks trabalhará para ampliar a clareza regulatória para o setor de criptoativos e ampliar a competitividade americana no segmento e no desenvolvimento da IA. “Ele protegerá a liberdade de expressão online e nos afastará do preconceito e da censura das Big Techs”, afirmou.

Segundo o Julius Baer, os preços do bitcoin são bem apoiados por fundamentos sólidos. A procura spot de fundos negociados em bolsa (ETF), as intenções dos títulos de dívida empresariais e um cenário regulamentar mais favorável nos EUA são todos os motores da recuperação, avalia. “As expectativas sobre as mudanças regulatórias estão começando a tomar forma, com Trump seguindo o exemplo ao nomear sete altos funcionários amigáveis e experientes em criptografia. Reiteramos que vemos ventos contrários mínimos para o Bitcoin até 2025, com um possível erro político do Fed entre os mais relevantes”, conclui.

O presidente do Federal Reserve (Fed) de Chicago, Austan Goolsbee, disse que, até o momento, os ativos com base em criptomoedas não tiveram muito impacto macroeconômico, ainda que possam gerar um efeito riqueza. Em participação durante Simpósio Anual sobre a Perspectiva Econômica promovido pelo Fed de Chicago, Goolsbee afirmou que com ativos mais especulativos que carecem de casos de uso na economia real, é difícil ver o impacto.

Últimas