Crise financeira: prefeitura diz que Teresópolis tem razões ocultas para ter questionado divisão do ICMS

Em nota distribuída neste final de semana pelas redes sociais, a prefeitura  diz que o prefeito de Teresópolis Vinicius Claussen – nossa vizinha  que teria perdido R$ 13 milhões com a redistribuição do ICMS que deu à nossa cidade uma fatia maior do bolo – tem de vir a público falar sobre “as verdadeiras razões que o levaram a ingressar com essa ação”. Porque, segundo a gestão Bomtempo, Terê não fica sem todo esse dinheiro. Seria algo em torno de R$ 1,5 milhão por ano.  Também em nota oficial, Claussen afirma que são R$ 13 milhões, sim.  

Essa é difícil de explicar

Ontem no final do dia, na reunião do Conselho da Cidade, a prefeitura aproveitou para falar pela primeira vez à sociedade, sobre a crise.  O que tá impossível de explicar é porque, considerando que o aumento do repasse de ICMS foi garantido por uma liminar – que poderia cair a qualquer momento como, de fato, ocorreu – não se executou o orçamento ‘original’ e deixou para usar o extra sem gastar por conta.

Gabinete de crise?

O que a prefeitura aguarda para acionar o ‘gabinete de crise’ para o colapso financeiro que se avizinha em nossas contas públicas? Porque editou gabinete de crise dos transportes, das chuvas e assim segue a cada problema. O gabinete de crise das finanças também deveria existir. E divulgar a situação real de endividamento também.

Cortes

Para não dizerem que não ajudamos com a crise financeira, vamos pontuar aqui algumas áreas em que a prefeitura pode cortar: talvez os R$ 4,9 milhões que pretendia gastar com reforma dos parques Cremerie, Ipiranga e de Itaipava. Tem ainda uma reserva de R$ 100 mil para almoços, jantares e coquetéis ao longo de 12 meses. Também rola sepultar a ideia de criar a Secretaria de Direitos e Políticas para as Mulheres com 25 novos cargos e a Secretaria de Economia Solidária, Trabalho e Renda que teria mais 27 cargos. Outro dinheirinho que pode ser usado são aqueles R$ 8 milhões que a Águas do Imperador pagou para construir uma Estação de Tratamento de Esgoto no Parque de Itaipava.

Deficiente

E foi montado um grupo nas redes sociais com alguns membros do Conselho Municipal de Trânsito. E ele foi aberto à sociedade. Lá é um espaço democrático e as pessoas colocam as agruras que passam diariamente. É surpreendente.  Até mesmo nós, que trabalhamos na imprensa, não temos noção de tudo o que rola em quebra, atraso, carros velhos e o escambau. É absurda a quantidade de falhas do sistema.

Contagem

E Petrópolis está há 119 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

E as contas

Setembro já chegou e daqui a pouco é Natal e nada da Câmara de Vereadores colocar em  votação as contas de ex-prefeitos. Não existe nenhum impedimento legal para que sejam colocadas em votação as contas de Bomtempo (2016) e de Bernardo (2019 e 2020) e ainda a de Hingo Hammes (2021).  As contas dos dois primeiros tem rejeição e ressalvas do Tribunal de Contas do Estado e aprová-las vai ser desgaste. Mas tá ficando feio demais adiar por mais tempo.

Bolsões d’água

Não custa falar com antecedência, né? Vai que alguém consegue resolver. Dá tempo ainda, gente, de buscar uma solução para os bolsões d’água que se formam em vias da cidade no verão. Vamos citar apenas dois ‘clássicos’: os ao longo da Rua da Imperatriz, via de paralelos sempre afundando por causa dos ônibus e o que se forma em frente ao Extra do Quitandinha, esse em área de asfalto que, quando os veículos passam, faz até onda como as do Havaí.

Concurso

Para os inscritos que estão cobrando o resultado:  a Prefeitura vai divulgar dia 08 no seu site e redes sociais o resultado do Concurso Municipal de Fotografias Roque Navarro. Era para ter sido anunciado em agosto, mas não rolou. Parece que, agora, vai!

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