Defasagem escolar na pandemia e mais atraso com a tragédia das chuvas

São Paulo já sabe, depois da aplicação das provas do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar em dezembro e divulgadas recentemente as (duras) perdas de aprendizagem em função da pandemia. No ensino médio, a defasagem em matemática chega a ser de seis anos. Em português, o aluno conclui o ensino médio no mesmo patamar que alunos do 8º ano do ensino fundamental, também na pré-pandemia. Com esses dados, o estado quer saber com mais detalhes sobre as perdas e, principalmente, como recuperar.

Faltam dados

No Estado do Rio ainda não temos um estudo desses. Petrópolis, então… E olha que aqui além dos meses de ensino (precário) à distância e híbrido,  quase 20 meses foram consumidos. E temos um agravante: tivemos apenas dois dias de aulas presenciais neste retorno e depois se deu a tragédia das chuvas e o retorno nas redes municipal e estadual só foi concretizado ontem.

Compre local

E a galera está incentivando nas redes sociais a compra de produtos locais, uma forma de ajudar comércio e indústria afetados pela chuvas.  E vale muito mesmo, afinal, produto bom é o que não falta na cidade!

Faltam vans

Na época da pandemia uma das categorias que sofreu diretamente foram os de serviço de vans escolares. Com as escolas fechadas, viveram de bicos ou outras funções nestes quase dois anos. Muitos se desfizeram dos veículos. E agora na volta às aulas faltam vans. Hoje não se consegue vaga por menos de R$ 300. E assim mesmo com sorte.

Caos no trânsito

E ontem foi dia de caos no trânsito. Juntou o retorno ao trabalho com volta às aulas e ainda limpeza de ruas. Por várias ruas estarem ainda interditadas, principalmente a Washington Luiz, há sobrecarga de vias secundárias como as do Valparaíso.  Mas a retirada de uma barreira às 10h na Ipiranga deixou a via parada nos dois sentidos ontem por meia hora ontem. Imagina engarrafamento sentido bairro e sentido centro…

Alternativas

E a prefeitura distribuiu pelas redes sociais um apelo para desengarrafar o trânsito. Sugeriu carona solidária, bicicleta em áreas planas e rotas alternativas. Por último: transporte público. Mas gente… sem 100% da frota operando, ônibus lotados e engarrafamento, o que aumenta a viagem de coletivos quem vai optar pelos ônibus? O negócio tá sendo carro, lotada e mototáxi. Porque tem.

Café pra Você
Tomar seu café e deixar outro pago para uma pessoa conhecida. Essa é a forma encontrada pela cafeteria Alforria, na galeria Gelli, de solicitar apoio dos clientes para a recuperação das suas instalações, após o alagamento causado pelas fortes chuvas em Petrópolis. O nome da campanha é Café pra Você e está integrado ao movimento Compre Local, que incentiva os petropolitanos a privilegiar as marcas da cidade para recuperar a economia. Ao consumir na cafeteria, o cliente indica um amigo e envia uma mensagem informando que deixou um café pago como forma de carinho e também de apoio à Petrópolis.

Terrenos

E está na discussão do momento o velho assunto de que Petrópolis não tem terreno para construir casas para desabrigados.  Já começam a surgir as ideias de se usar terrenos às margens da BR-040. E aí ficamos pensando: mas a cidade nos últimos anos não teve mais de uns 20 empreendimentos imobiliários particulares? Como ‘acharam’ esses terrenos?

Já deu!

Gente, vocês também já cansaram de ver fotos e vídeos que colocam nossos políticos lá no alto como heróis porque estão acompanhando retiradas de barreiras? Porque pra gente já deu. É uma overdose já. Pior é ainda os com sapatos limpinhos. Porque tem também ainda.

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br