Depois de agredir mulher com socos na 16 de Março, homem escreve mensagem: ‘te amo’

Marcelo Bernardo, de 42 anos, preso no último domingo (11) por agredir brutalmente a companheira na Rua 16 de Março, no centro de Petrópolis, foi transferido nesta segunda-feira para uma penitenciária na cidade do Rio de Janeiro. Adriana Maria dos Santos, de 49 anos, continua internada em decorrência das agressões sofridas na última sexta-feira. Ela teve fraturas no rosto, nariz e braço. No sábado a vítima contou em detalhes à polícia civil os momentos de terror que viveu, que foram registrados pela câmera de segurança qde uma loja.

Adriana contou que o relacionamento entre os dois começou em janeiro, quando eles se reencontraram na casa de familiares dela. Marcelo, que é petropolitano, estava há mais de 20 anos fora da cidade. Por um mês os dois moraram juntos, mas, segundo a vítima, discussões provocaram um rompimento. “Tivemos desentendimentos e, por isso, eu pedi que ele voltasse para a casa da mãe dele”, contou.

Em depoimento, ela disse que ele foi agressivo em uma situação, mas não chegou a agredi-la. Na noite do crime, a vítima contou que eles tinham combinado de se encontrar na Praça Visconde de Mauá e as discussões começaram logo em seguida. “Houve uma discussão e ele resolveu ir embora. Eu me levantei e fui também. Ele veio atrás de mim e depois que passou a cabine da PM, ele colocou a mão no meu ombro e então seguiu ao meu lado. Pedi que me devolvesse a chave da minha casa, ele disse que não. Ele começou a me ofender e me defendi das ofensas dele. Foi quando me deu o primeiro soco”, lembrou, contando que, após a agressão, ele enviou várias mensagens se desculpando. Em um trecho da mensagem ele chega a se declarar à mulher. “Te amo demais para viver longe de você”.

“No sábado ele mandou muitas mensagens. Nunca imaginei que ele pudesse fazer algo assim. Estou com medo”, disse ela, que conseguiu uma medida protetiva.

As cenas das agressões foram compartilhadas milhares de vezes em redes sociais e aplicativos de mensagem. Além da forma cruel e brutal como Marcelo bate na mulher, o que também chamou atenção foi que a agressão aconteceu em uma hora de intenso movimento na rua e mesmo assim o agressor conseguiu fugir calmamente. O crime também aconteceu há menos de 50 metros da cabine na Polícia Militar (PM).