Despedida de Tina, a educadora

03/03/2018 12:00

Aos 54 anos, cerca de 34 dedicados à Educação Municipal de Petrópolis, não há como mensurar a quantidade de pessoas, entre alunos, funcionários, professores, responsáveis, que tiveram a oportunidade de conviver, nestes quase 12500 dias, com a doçura, simpatia, responsabilidade e exemplos que nos deixa essa grande mulher que habitava um corpo de pouco mais de 1,50m.

A Educação de Petrópolis chorou unânime nesta despedida. As palavras que conseguiram ser expelidas, apesar da dor da saudade presa na garganta, foram todas carregadas de emoção e vieram de todas as partes. Vieram de alunos que tiveram a chance dos mais ricos ensinamentos numa trajetória escrita por empenho, abnegação, esperança, como as redes sociais registram. Também de centenas de companheiros de trabalhos nas diversas escolas por onde atuou a “Tininha”, como era chamada em algumas que ainda a guardam na memória, tal como a Escola São Cristóvão e E. M. Robert Kennedy, a quem dedicou tantos anos.

Também muito emocionados os companheiros de trabalho dos últimos anos, lotados na  Secretaria de Educação, onde a Tina atuou em diversas funções, principalmente na formação de orientadores e demais profissionais, coordenando conversas, cursos etc. Com certeza, muito se aprendeu com ela e, esperamos que, o mais importante tenha sido absorvido por todos os participantes: a gentileza com o outro, o valor de um abraço e um sorriso, a forma certa de dizer as coisas, a disposição para abraçar cada dia como se fosse o último.

Deixou uma família unida, formada pelo marido Eco, as filhas Paulinha e Carol. Deixou pais vivos, e por eles pode ser cuidada nos meses que antecederam a viagem final.

Mas, junto dessa família, dividindo com eles seus últimos anos, estava a Casa da Educação Visconde de Mauá, onde atuou como orientadora e diretora adjunta, no ano de 2017, na gestão de Catarina Maul.

Não há na Casa da Educação, entre funcionários, alunos e responsáveis, um ser sequer que não tenha sido brindado por este olhar sincero e esse sorriso de gentileza máximo, destes que abraçam e valorizam a existência de todo ser humano.

Tina não morreu. Uma história como essa não morre, transforma-se em estrela e brilha no céu das maiores lembranças. Não há como lembrar com mágoa, com dor, sequer com indagação aos desígnios de Deus. Ela cumpriu sua missão da melhor forma, formou-se e formou a muitos que bebedam de sua doçura na lição mais bonita e importante: como ser um humano melhor.

Segue, Tina, Tininha, Sonia Cristina, Professora, Diretora, Mãe, Esposa, Filha, Amiga, sempre com letra maiúscula. Segue o caminho que você mesma construiu, feito todo de luz. E leve de nós o que temos de maior: Gratidão.

Se todos fossem iguais a você, que maravilha viver. Amor para sempre, mesmo no rastro azul da saudade.

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