Deus conosco

16/12/2016 09:00

Durante semanas, ouvimos músicas natalinas, mensagens natalinas, nos preparamos para celebrar o nascimento do nosso salvador Jesus Cristo. É o tempo de Advento. Significa “o que há de vir”. Nos preparamos para a segunda vinda de Cristo. Como fazemos este preparo? Nos arrependemos de nossos maus caminhos e reafirmamos no Advento nossa disposição de continuar a permitir que Cristo continue morando em nosso coração, sendo a luz que nos guia pelos caminhos da vida.

Voltemos ao tempo, para aquela noite em Belém. Nos campos, os pastores ouviram palavras celestes através do anjo: Eis vos trago boa nova que será de grande alegria para todo o povo. Nasceu o salvador – Jesus! Seu nome significa justamente isso: Deus salva! Quando ouviram esta notícia, os pastores se puseram imediatamente a caminho. Por isso, Natal significa mover-se – mover-se em direção ao Salvador –  mover-se em direção ao próximo que precisa de nós.

Quando lá chegaram, os pastores não viram apenas um bebê. Viram o salvador da humanidade! E o adoraram. 

Quando lembramos o lugar onde Jesus nasceu, uma estrebaria, onde havia animais, esterco, mau cheiro, instalações precárias, logo pensamos em como Deus nos ama: permitiu que seu filho nascesse em situação tão precária! E mais, sem nenhuma assistência! Quem estava lá? Somente Maria e José. Jesus nasceu sem assistência, a não ser do assustado José! Nenhum de nós nasceu num lugar tão sujo. Nenhum de nós nasceu sem assistência!

Quando lembramos o nascimento de Jesus, lembramos dos magos do oriente. Viram a estrela e a seguiram. Não se sabe com certeza quem eram esses magos. Podiam ser sacerdotes persas, pois estes, além das funções religiosas, se ocupavam também com astronomia e astrologia. Podiam ser também astrólogos da Babilônia. Pelos presentes que trouxeram para Jesus (ouro, incenso e mirra), vieram da Arábia, pois estes são produtos da Arábia. Os presentes que os magos trouxeram foram uma forma de honrar e homenagear um rei – pois reconheceram em Jesus o Rei da Humanidade. O texto de Mateus não fala que são reis. Nas mais antigas representações cristãs, os magos são veneradores de Mitras e, nas representações cristãs mais recentes, aparecem como reis. Os nomes dados aos magos – Melchior, Baltasar e Gaspar – só são mencionados a partir do século VIII.

Mas o que Mateus quer nos dizer ao contar esta visita dos magos do Oriente a Jesus é claro: a salvação trazida por Jesus é universal e não restrita ao povo de Israel. Jesus veio para salvar o mundo, não apenas o povo de Israel, como João mesmo diz no capítulo 3.16: “Por que Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. 

Reconhecer em Jesus o Rei da humanidade, o Salvador, o Filho de Deus – como o fizeram os pastores dos campos de Belém, como o fizeram os magos do Oriente e como o também fizeram Pedro e Marta: “Tu és o Cristo” (Marcos 8.29); “Tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo” (João 11.27) – é a isto que o Natal nos convida! E, a partir deste reconhecimento e aceitação, orientar nossa vida por aquele que é o “caminho, a verdade e a vida” (João 14.6), produzindo “frutos dignos de arrependimento” (Lucas 3.8). 

Conheça a Igreja Evangélica de Confissão Luterana em Petrópolis. 

Avenida Ipiranga, 346.

Cultos todos os domingos às 9h. Tel. 24.2242-1703


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