Dia do Aviador: relembre a importância de Santos Dumont

Por Aghata Paredes

O “pai da aviação”, como é chamado Alberto Santos Dumont, nasceu em 1873, em Minas Gerais, mas foi em São Paulo, local onde ele viu um balão tripulado, pela primeira vez, que o amor pela aerostação surgiu. Nessa época, Santos Dumont tinha 15 anos e já estava bastante informado sobre as invenções dos irmãos Montgolfier, de Charles e Pilâtre de Rozier e Henri Giffard, como aponta o saudoso historiador petropolitano Jeronymo Ferreira Alves em Brasileiros ilustres em Petrópolis (2004).

Com o “14-Bis”, executou, em Paris, o primeiro voo em público com um veículo mais pesado que o ar, sem a ajuda de impulsos. Além disso, desenvolveu também o avião chamado “Demoiselle” ou “Libélula”, seu aeroplano mais bem-sucedido e copiado no mundo inteiro.

Foto: Museu Imperial/Ibram/MTur – Fotografia mostrando o campo das experiências aeronáuticas de Santos Dumont em Paris.

Aquele que “deu asas ao mundo” e, evidentemente, inúmeros motivos de orgulho aos brasileiros, escolheu Petrópolis para fixar residência. Em 1918, iniciou a construção de sua curiosa casa, construída no Morro do Encanto. Por isso, devido à sua localização, foi carinhosamente apelidada de “A Encantada”. 

Nas palavras de Carlos Augusto Guimarães e Souza, “Santos Dumont, lançando-se ao ar não pensava em dominar mundos, semeando a morte, bombardeando cidades. Não! O que ele almejava era justamente o contrário. O que ele desejava era cortar o espaço, levando, como mensageiro da paz, o progresso. Santos Dumont desejava o progresso do mundo.”

O chalé, no estilo alpino francês, é repleto de charme e peculiaridades, como a escada de entrada – idealizada para ser usada com o pé direito.

Ao entrar na casa você encontra uma ampla sala, que Santos Dumont usava como biblioteca e escritório; no pavimento inferior, sua oficina e laboratório, na parte de cima, banheiro e quarto de dormir. No terraço, o observatório onde ele passava horas observando e admirando os astros.

Além da Casa do aviador, para uma experiência mais completa, aqueles que tiverem interesse podem visitar a Praça 14 Bis. No local, há uma réplica da invenção mais famosa de Santos Dumont, o 14-Bis.

150 anos de Santos Dumont

Neste ano, em comemoração aos 150 anos de Santos Dumont,  além da reforma do espaço, o acervo ganhou peças importantes, como a bandeira original que Santos Dumont hasteava; um quadro com a família e até uma carta, doada pela Companhia Imobiliária de Petrópolis, com o pedido para a construção da casa, entre outros objetos.

Foto: Divulgação

Além disso, a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Prefeitura inauguraram a sala de exposições no Museu, quando também houve a apresentação da Esquadrilha da Fumaça e das bandas da FAB e do 32º Batalhão de Infantaria Leve de Montanha, na Praça da Liberdade. Cerca de duas mil pessoas assistiram as apresentações.

A Casa de Santos Dumont pode ser visitada de terça a domingo, das 9h às 17h. A entrada custa entre R$ 5 (meia) – estudantes, professores, maiores de 60 – e R$ 10 (inteira). Maiores de 65 anos e crianças menores de 7 anos não pagam. 

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