Dia do sorvete: o cenário da produção artesanal na serra

23/09/2021 13:37
Por Redação/Tribuna de Petrópolis

Nesta quinta-feira (23), é comemorado o Dia do Sorvete, data criada pela Associação Brasileira das Indústrias de Sorvetes, em 2002, marcando a transição do inverno, considerado um período de “baixa” no setor, para as estações com maior saldo de vendas. E quem não gosta de experimentar um sorvete ou opções geladas para refrescar os dias de calor? Principalmente nesta mudança de estação, essa é uma escolha a se considerar para aliviar as altas temperaturas que tendem a surgir de agora em diante.

O sorvete surgiu há mais de 4 mil anos na China, a partir de uma mistura de leite, arroz e neve, formando uma sobremesa que se assemelha a um granizado – bebida à base de gelo. Foi apenas no século XIII, que a iguaria chegou à Europa, levada pelo explorador Marco Pollo e, de lá, veio para o Brasil.

Em Petrópolis, apesar do clima frio, a cidade tem servido como base para o desenvolvimento de marcas genuinamente serranas, como é o caso da Gelato Imperial, empresa que se inspirou em um tipo de sorvete muito consumido na Itália, com textura e sabor diferenciados.

Para celebrar a data, a empresa realiza em parceria com a tradicional “Casa D’Ângelo”, uma ação especial cuja sobremesa com um Gelato será dada de presente, para consumidores que solicitarem um dos pratos à la carte. O perfil da marca nas redes sociais, também vai trazer uma receita em parceria com o trabalho gastronômico realizado na página Cozinha Sem Neura no Instagram.

Há cerca de 6 anos, o empresário que dá vida a marca, decidiu deixar o ramo da construção civil e investir em um negócio próprio. De lá para cá, viveu momentos de alegria, choro, medo e incertezas, principalmente com uma pandemia no caminho. No entanto, a abertura de frentes que a cidade permitiu, com eventos como a Deguste, Natal Imperial e Bauernfest, fez com que o produto chegasse a outros municípios do Rio e despertasse o interesse em regiões vizinhas.

“Sempre tive a certeza de que precisava fazer algo que trouxesse além de uma sensação de felicidade para a vida das pessoas, uma qualidade nutricional e fosse um produto que prezasse pela segurança alimentar acima de tudo. Pensamos algumas coisas antes de investir nos gelatos, mas nos encontramos nesse segmento e desde então vem sendo um desafio gostoso”, explica o empresário André Maia.

Com uma estrutura que produz cerca de 450 litros de calda base para 12 sabores de sorvetes, além de capacidade para 30 mil picolés por semana, a fábrica que hoje atua com 03 colaboradores, se prepara para novos horizontes. Com mais de 70 pontos de venda, dentre supermercados, restaurantes, hotéis e delicatessens em 07 municípios, mesmo com percalços o momento pede novos investimentos.

“Recentemente precisamos promover melhorias em maquinários, mas também trazer avanços para nosso setor de transportes, produção e marketing. Tudo faz parte de um processo intenso de autocrítica e busca de entregar uma maior qualidade para o consumidor final. Também já estamos na preparação para um novo sabor, que deve ser lançado ainda nesta temporada de alta e com certeza vai chamar a atenção”, detalhou André.

Na fábrica, os desafios são intensos todos os dias, como falta de matéria prima, atraso na entrega por parte de algum fornecedor ou até quando há perda em alguma calda base que estava sendo feita para produzir o sorvete. “Como eu sempre falo, nossa preocupação é o que vamos entregar no fim. E não temos limites para isso! Estamos sempre nos dedicando neste sentido, com reciclagem constante da equipe, um trabalho minucioso de acompanhamento nutricional e muito esforço para ser a melhor referência do segmento na região. Todos os dias a nossa cabeça não para de criar e pretendemos lançar cada vez mais sabores, despertando o interesse do nosso público e consolidando nossa marca como um companheiro do consumidor final”, pontua André.

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