Dia Internacional da Tireoide é lembrado nesta quarta-feira

25/05/2016 10:45

O Dia Internacional de conscientização de doenças da Tireoide é lembrado nesta quarta-feira (25). A glândula, que tem a forma de borboleta, está localizada no pescoço e é uma das maiores do corpo humano. Ela é responsável por produzir os hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), que regulam o metabolismo do organismo. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 300 milhões de pessoas no mundo sofrem com o problema. A maior parte são mulheres e metade dos afetados não sabe que possui o distúrbio. 

Os principais sintomas que apontam alguma alteração na tireoide são: ganho ou perda de peso, agitação ou sonolência, falta de crescimento ou tremores. Eles podem estar associados ao hipotireoidismo ou hipertireoidismo – baixo ou extremo funcionamento da glândula. Estas são consideradas as alterações mais comuns. A função da tireoide é controlada pela hipófise, outra glândula, só que menor e localizada na base do cérebro. A hipófise produz o hormônio estimulante da tireoide o TSH, responsável pelos hormônios T3 e T4.

As pessoas que tiveram um diagnóstico positivo para alguma dessas alterações afirmaram ter tido uma melhora na qualidade vida, após iniciar o tratamento, considerado simples em alguns casos.

“A principal disfunção tireoidiana é o hipotireoidismo, quando há diminuição da secreção dos hormônios tireoideanos, e que afeta principalmente o público feminino. Menos frequente, mas também importante, é o hipertireoidismo, onde ocorre o inverso, a produção em excesso desses hormônios, e que se não tratado, pode levar a outros problemas de saúde como insuficiência cardíaca e osteoporose", explicou a endocrinologista Cristiane Couto. 

Outro problema frequente, são os nódulos de tireoide, que normalmente não apresentam sintomas e afetam principalmente pessoas com idade mais avançada. Eles podem ou não ser malignos. "O câncer de tireoide é encontrado em cerca de 8% dos nódulos nos homens e em 4% dos nódulos em mulheres. Mesmo assim, cerca de 90% deles são benignos", avaliou a especialista. 

O reconhecimento do nódulo precocemente pode salvar vidas e o especialista indicado para o diagnóstico preciso da doença é o endocrinologista. “É importante que as pessoas não deixem de buscar ajuda profissional diante desses sintomas. Apesar de serem considerados comuns, podem estar associados a outros problemas de saúde”, disse Cristiane, alertando sobre a importância do diagnóstico precoce.


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