Diferença de preço de remédios chega a 233% nas farmácias de Petrópolis

26/02/2019 09:42

O Procon Petrópolis apurou uma diferença nos valores de medicamentos disponíveis nas farmácias e drogarias que pode chegar a 233,67%. O resultado da ação foi divulgada nesta segunda-feira (25) depois de consolidados os dados. A pesquisa foi feita na última sexta-feira, em seis estabelecimentos no centro da cidade, apurando os preços de 15 remédios diferentes, inclusive genéricos. O objetivo do órgão é garantir a adequação dos estabelecimentos às normas de proteção e defesa do consumidor e a transparência nas relações de consumo, além da proteção dos consumidores contra práticas abusivas.

Entre os medicamentos genéricos, a fórmula Loratadina, utilizada para aliviar sintomas associados à rinite alérgica, teve a maior variação entre os remédios pesquisados durante a ação. Enquanto em uma farmácia o valor chegou a R$ 10,90, em outra o preço estava R$36,37, uma diferença de 233,67%.

Outra fórmula que apresentou uma grande diferença de preços foi o Amoxicilina, um antibiótico para o tratamento de infecções bacterianas. O remédio foi encontrado com uma variação de 162,89% entre as farmácias pesquisadas: a mais barata foi R$ 9,89 e a mais cara R$ 26. O Clonazepam foi encontrado por R$ 15,22 em uma drogaria e R$ 8,18, ou seja, 86,06% a mais.

"Esta ação será uma rotina no Procon. Mensalmente faremos o levantamento dos principais remédios vendidos no Brasil e apresentaremos o comparativo de preço para instruir a população sobre o melhor custo benefício. Esta primeira etapa é de orientação e, depois, a continuidade do preço abusivo vai ocasionar em autuação do estabelecimento”, afirma o coordenador do Procon, Bernardo Sabrá.

O órgão pretende fazer ações em várias vertentes e estender para a cesta básica e para produtos que são essenciais para os petropolitanos. “Já fazemos as operações temáticas, como a Ceia de Natal e a lista de material escolar, e vamos seguir essa política de orientação em relação aos preços praticados na cidade, sempre respeitando o livre comércio e a livre concorrência”, pontuou o coordenador do Procon.

Já os medicamentos de referência tiveram uma variação de preço de 100,70%. Durante o levantamento, o Luftal, indicado para gases no aparelho digestivo, foi encontrado por R$18,50 e, em outra farmácia, chegou a R$ 37,13. A Neosaldina, a mais em conta foi R$16,90 e a mais cara R$ 27,35, em três farmácias que participaram do levantamento, apresentando uma variação no valor de R$ 61,83%.

Segundo o Procon, a primeira etapa de fiscalização tem caráter preventivo, ou seja, a equipe confere se os estabelecimentos seguem as determinações do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e de outras legislações. Entre os itens verificados estão a disponibilização de preços, procedência dos produtos e prazo de validade. Durante a vistoria, a os fiscais também conferem se a loja disponibiliza  uma cópia do CDC para os consumidores e cartaz com endereços e telefones do Procon. Em caso de descumprimento, os responsáveis pelo estabelecimento são orientados quanto às correções necessárias.

O órgão de defesa do consumidor orienta os consumidores a pesquisarem antes de comprar seus remédios. As farmácias costumam oferecer descontos, como preços mais baratos para aposentados e pensionistas, bem como para os portadores do cartão-fidelidade. Neste caso, o Procon lembra que esses descontos podem variar conforme as lojas e as condições de pagamento. Além disso, é importante que o consumidor fique atento, já que há uma variação dos preços de uma franquia para outra, porque não existe uma política única para todos os franqueados.

Consumidores que tiverem dúvidas sobre seus direitos devem entrar em contato com o órgão de defesa do consumidor, que fica na Rua Dr. Moreira da Fonseca, 33, no Centro, ao lado da Câmara dos Vereadores, e em Itaipava, na Estrada União e Indústria 11.860, no Centro de Cidadania. Os telefones para contato são o (24) 2246-8469 / 8470 / 8471 / 8472 / 8473 / 8474 / 8475 / 8476 e 8477. Os usuários também têm como opção o WhatsApp Denúncia pelo (24) 92257-5837 e o site www.petropolis.rj.gov.br/procon, além do serviço de mensagens da página Procon Petrópolis no Facebook.

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