Diretor admite que Atlético-MG ‘não teve a devida tolerância’ com Turco Mohamed

04/11/2022 19:58
Por Estadão

Rodrigo Caetano se destaca no futebol por ser claro e franco em suas declarações. O diretor de Futebol do Atlético-MG foge do discurso politicamente correto e não esconde o que sente. Entrevistado pelo Charla Podcast, o dirigente admitiu que demitir o argentino Antônio Turco Mohamed após somente sete meses foi um grande erro.

O treinador foi campeão do Campeonato Mineiro e da Supercopa do Brasil e ainda avançou com o Atlético-MG como líder na Copa Libertadores. A demissão veio pelo começo ruim na defesa do título do Brasileirão. Na ocasião, Turco admitiu que o rendimento era ruim. “Não estamos funcionando como equipe”, disse, antes da despedida.

Em 45 partidas no comando da equipe, além das duas conquistas, foram 27 vitórias, 13 empates e somente 5 derrotas, alto aproveitamento de 69,6%. Na visão de Rodrigo Caetano, um desempenho que merecia um voto a mais de confiança.

“Acho que o Turco pagou muito a conta porque ele substituiu o Cuca. Porque, em termos de resultado, ele disputou praticamente três competições, ganhou duas e fomos primeiro lugar no nosso grupo na Libertadores”, disse Rodrigo Caetano. “Acho que por conta dessa intolerância e aquela questão de sempre imaginar que nós já tínhamos atingido o auge, não poderíamos oscilar, o que é um equívoco bárbaro”, reconheceu. “Não se teve a devida tolerância com ele.”

Turco caiu e Cuca voltou ao clube sem conseguir melhorar o desempenho. O time deu adeus na Libertadores e briga apenas pelo sétimo lugar no Brasileirão. Mesmo assim, o atual técnico segue com o respaldo que a diretoria não deu ao argentino.

Aliás, parece depender apenas de Cuca sua permanência para a próxima temporada, de acordo com Rodrigo Caetano. “Vai depender da vontade dele, eu quero muito que permaneça”, enfatizou.

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