Distúrbios de aprendizagem

26/06/2018 08:33

A fase escolar é considerada um desafio para qualquer criança, pois ela passa a integrar um mundo onde sucessivas barreiras devem ser transpostas mediante aprendizado e adaptação a um novo núcleo de convivência. Mas é sabido que o aprendizado não se desenvolve da mesma forma com todas as crianças. Esse processo não tem nada de homogêneo, muito pelo contrário, a heterogeneidade é um fato presente em todos os níveis de aprendizado.

A percepção quanto ao conteúdo proposto e a assimilação de ideias variam de aluno para aluno. Esse conceito, por si só, não remete a nenhuma dúvida, posto que somos diferentes entre nós. Porém, existem dificuldades que se sobrepõem de forma intensa e persistente, passando a indicar não uma dificuldade de aprendizagem, mas sim um distúrbio ou transtorno de aprendizagem.

A constatação do distúrbio pode ser verificada quando o aluno não consegue atingir o mínimo esperado na apropriação das habilidades básicas para a leitura, escrita e matemática. De acordo com a literatura médica, configuram como os principais distúrbios de aprendizagem, situações como hiperatividade, déficit de atenção, discalculia, disgrafia e dislexia e não pretendo me encarregar nesse texto de conceituá-las por não me considerar apta para tal. Mas segundo site www.neurosaber.com.br , de forma simplificada, pode-se explicar os principais distúrbios como: dislexia – caracterizada pela dificuldade no reconhecimento fluente das palavras, além da decodificação e soletração das mesmas; disgrafia -acontece quando o aluno demonstra dificuldades na elaboração da linguagem escrita. O estudante pode apresentar formação léxica aquém do esperado, uso incorreto de letras minúsculas e maiúsculas, alinhamento incorreto, etc.; discalculia – é a dificuldade que o aluno tem para aprender tudo que esteja direta ou indiretamente ligado a questões que envolvem números; tais como probleminhas, aplicação e conceitos matemáticos; Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) – A criança hiperativa não consegue se concentrar com muita facilidade, principalmente se o conteúdo não for tão interessante para ela. Além disso, quer realizar várias tarefas ao mesmo tempo. O hiperativo pode ser muito agitado ou distraído.

Convém sempre enfatizar que os casos acima não ocorrem porque a criança é tida como pouco estudiosa ou relapsa com suas tarefas. Ou seja, não é culpa do aluno se ele apresentar alguns dos transtornos expostos. A melhor solução é sempre a busca pela informação e tratamentos. As pesquisas científicas sobre distúrbios de aprendizagem são relativamente recentes – ganharam relevância a partir dos anos 1980. Ainda não existem testes padronizados mundialmente para diagnosticá-los, embora haja referências importantes. Com isso, é difícil encontrar crianças com diagnóstico fechado de outros transtornos além dos mais conhecidos como os já citados, sendo a dislexia e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou sem Hiperatividade (TDA) os mais diagnosticados.

Para todos esses casos há tratamentos adequados, cujo objetivo é o de desenvolver a habilidade de aprendizado da criança e minimizar, de forma considerável, o distúrbio que a prejudica em sua vida acadêmica. O acompanhamento com especialistas em psicopedagogia, psicomotricidade, fonoaudiologia, neurologia infantil e psicólogos são importantes nesse processo. Mas tão importante quanto o tratamento especializado é a atenção e compreensão de pais e professores, pois os caminhos do aprendizado exigem muita dedicação e perseverança.

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