Dólar hesita com relato de fluxo comercial, mas retoma alta por exterior e fiscal

22/abr 10:24
Por Silvana Rocha / Estadão

O dólar opera em alta nesta segunda-feira, 22, sintonizado ao sinal positivo predominante da divisa norte-americana no exterior em manhã de queda de commodities, alta da curva média e longa de juros dos Treasuries e manutenção de juros na China. O investidor local está de olho também nas negociações em torno do quadro fiscal, da pauta-bomba que tramita no Congresso, que pode gerar uma despesa extra de R$ 70 bilhões neste ano.

Mas a moeda norte-americana já testou queda intradia em meio a relatos de ingressos de fluxo comercial de exportador no mercado à vista e diante da queda dos juros curtos dos Treasuries, após índice de atividade nacional dos Estados Unidos subir de +0,09 em fevereiro para +0,15 em março, porém, abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet (+0,30).

Lá fora, com a agenda do dia esvaziada, o dólar e os juros médios e longos dos Treasuries sobem moderadamente, ecoando expectativas de manutenção de juros por longo período nos EUA e à espera por dados econômicos do país ao longo da semana, como a prévia do PIB do 1º trimestre deste ano e os dados de inflação PCE.

Diante das preocupações com a ‘pauta bomba’ no Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou que deseja se reunir com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta semana, apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. O objetivo das reuniões com os representantes das duas Casas do Legislativo é alinhar a relação do governo federal com o Parlamento.

A participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento (11h15), e o lançamento do programa Acredita, do governo federal, para estimular o crédito , estão no radar.

O Palácio do Planalto informou hoje, que o Sebrae vai ampliar as linhas de crédito no âmbito do Fundo de Aval para a Micro e Pequena Empresa (Fampe).

Às 10h05, o dólar à vista subia 0,24%, a R$ 5,2121, após máxima aos R$ 5,2156 e mínima a R$ 5,1960. O dólar para maio ganhava 0,10%, a R$ 5,2155.

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