Dólar recua com alta de petróleo, mas ajuste é curto antes de payroll dos EUA
O dólar opera em baixa em meio à persistente alta do petróleo. Mas o ajuste é estreito em meio à valorização dos juros dos Treasuries e do dólar no exterior, com foco dos investidores voltado à publicação do relatório de empregos dos EUA em março, o payroll (às 9h30 desta sexta-feira, 5).
A mediana de estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast aponta uma criação de 200 mil vagas em março nos EUA, um ritmo ainda bem robusto para padrões históricos.
O Estadão/Broadcast apurou com fontes que o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, não teria interesse em sair do banco e eventualmente assumir o comando da Petrobras, além de apoiar a permanência de Prates no cargo.
São monitoradas ainda as tensões geopolíticas, com intensificação da crise entre Israel e Irã, que promete uma resposta ao ataque promovido contra a embaixada do país na Síria.
O mercado local digere ainda a queda do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), de 0,30% em março, conforme divulgou a Fundação Getulio Vargas (FGV), enquanto o setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) teve déficit primário de R$ 48,692 bilhões em fevereiro, informou o Banco Central. O resultado fiscal de fevereiro foi o pior desempenho das contas consolidadas do País para o mês na série histórica do BC, que foi iniciada em 2001. Veio também bem próximo da mediana das estimativas, que era deficitária em R$ 49 bilhões.
Na agenda, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deve falar em evento nesta manhã, que será monitorado pelo mercado, bem como discursos de quatro dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) podem trazer uma orientação mais clara sobre o início do ciclo da flexibilização de juros no país.
Às 9h25, o dólar à vista caía 0,27%, a R$ 5,0372. O dólar para maio cedia 0,44%, a R$ 5,0495.