Dólar sobe após CPI dos EUA, mas opera volátil com exterior e de olho em petróleo e varejo
O dólar apresenta volatilidade na manhã desta quarta-feira, oscilando entre perdas e ganhos, mas se afastando das mínimas da sessão, a R$ 5,4292 (-0,37%), e alcançando máxima intradia de R$ 5,4596 (+0,19%) no mercado à vista.
Os investidores se dividem entre o fortalecimento dos preços do petróleo e a desvalorização do minério de ferro. Digerem ainda o enfraquecimento do varejo brasileiro em junho e os dados de inflação ao consumidor dos Estados Unidos, que impulsionam às taxas curtas e médias dos Treasuries, mas com queda na ponta longa.
Nos EUA, o CPI (na sigla em inglês) e núcleo subiram 0,2% em julho ante junho, em linha com as previsões do mercado, enquanto na comparação anual o CPI avançou 2,9% em julho, abaixo da previsão de +3%, e o núcleo subiu 3,2%, como previsto
No Brasil, após recuo de 1,0% no volume vendido em junho ante o mês imediatamente anterior, o varejo passou a operar 1,0% abaixo do nível recorde alcançado em maio, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio, iniciada em 2000, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Já o varejo ampliado, que cresceu 0,4% em junho ante maio, está 0,3% aquém do ápice registrado em agosto de 2012.
Às 10h10, o dólar à vista subia 0,13%, a R$ 5,4568. O dólar para setembro recuava 0,05%, a R$ 5,4655.
Uma alta do dólar não era descartada também após a sexta sessão seguida de queda até ontem, aos R$ 5,4495 – menor valor de fechamento desde 16 de julho (R$ 5,4294) e acumulando desvalorização de 3,64% em agosto.
À tarde, o mercado local deve acompanhar também a pauta do Congresso. A Câmara aprovou na noite da terça-feira, 13, o texto-base do segundo projeto de regulamentação da reforma tributária, que institui o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), trata da distribuição das receitas para Estados e municípios e também de imposto sobre herança e transmissão de imóveis. Depois da análise de destaques (tentativas de mudanças no texto aprovado), que ocorre hoje, a proposta vai para o Senado.
No Senado, a votação do projeto de lei que trata da renegociação da dívida dos Estados foi adiada para hoje, assim como o projeto de lei da desoneração da folha de pagamentos e a proposta de emenda à Constituição (PEC) de refinanciamento das dívidas previdenciária dos municípios.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ontem que a sua pasta defende que o relatório do senador Jaques Wagner (PT-BA) sobre a compensação da desoneração da folha de pagamentos seja votado, embora calcule que as medidas serão insuficientes para resolver o problema por quatro anos.
Segundo Haddad, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) será enviado este mês para o Congresso.