Dólar sobe com agenda vazia, minério fraco e iene forte
O dólar opera em alta na manhã desta quarta-feira, 24, e volta a superar os R$ 5,60, puxando os juros futuros para cima. Na máxima, o dólar à vista registrou R$ 5,6324 (+0,83%) e na mínima, R$ 5,5984 (+0,22%).
Os investidores ajustam posições cambiais compradas de olho na queda persistente do minério de ferro, de 1,65% em Dalian, na China. O dólar também recua ante o iene em meio a expectativas de elevação de juros pelo Banco do Japão (BoJ) em reunião monetária na próxima semana. Possíveis saídas de investidores de mercados emergentes podem estar ajudando à depreciação das moedas desses países, incluindo o real, segundo um analista de câmbio. O real e o peso mexicano exibiam as maiores perdas ante o dólar entre as principais divisas emergentes há pouco.
Por outro lado, em relação a pares principais, o dólar já cedeu nas últimas duas sessões ante o iene, caindo abaixo de 155 ienes pela primeira vez em sete semanas nesta quarta-feira. A moeda japonesa amplia ganhos de terça, 23, em meio à crescente pressão para que o Banco do Japão (BoJ) volte a elevar juros. Para analistas da Capital Economics, o BC japonês deverá elevar juros em 20 pontos-base tanto na reunião de julho, na próxima semana, quanto na de outubro.
A agenda esvaziada desta quarta-feira pode ainda limitar a liquidez e as movimentações dos ativos no Brasil às vésperas das publicações do PIB dos EUA do segundo trimestre, na quinta, 25, e da inflação americana do PCE, medida preferida do Federal Reserve, na sexta-feira, dia 26.
Nesta quarta, a leitura preliminar de índices de gerentes de compras (PMIs) de julho (10h45), as vendas de moradias novas (11h) e discurso da diretora do Federal Reserve (Fed) Michelle Bowman (17h05) são destaques da agenda dos Estados Unidos.
No Brasil, o presidente do Banco Central, Roberto Campos, participa de evento no Rio de Janeiro (10h), neste primeiro dia de validade do período de silêncio do Comitê de Política Monetária (Copom). O comitê se reunirá para definir a taxa Selic na próxima semana. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lança a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, no Rio de Janeiro. O petista promove a ideia por meio da presidência do G20, que neste ano está com o Brasil.
Às 9h38 desta quarta, o dólar à vista subia 0,915%, a R$ 5,6369. O dólar para agosto ganhava 0,86%, a R$ 5,6395.