Dólar sobe de olho em conflito Israel-Irã e queda de commodities
O dólar perdeu força, mas sustenta alta leve em linha com a valorização externa da divisa americana ante outros pares emergentes do real, sobretudo o peso mexicano, que exibe as maiores perdas intradia. A cautela reflete incertezas após Israel atacar uma base militar do Irã no fim da noite de ontem, mas com desdobramentos vistos como limitados por enquanto. A queda do petróleo nesta manhã, após subir 4% durante a madrugada, e recuo de 0,34% do minério de ferro na China, pesam contra o real e seus pares emergentes.
No radar dos investidores estão ainda falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed), Banco Central Europeu (BCE), Banco da Inglaterra (BoE), além dos presidentes do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, e do Banco Central brasileiro, Roberto Campos Neto, ao longo do dia, nos Estados Unidos.
O destaque local é a reunião do conselho de administração da Petrobras, que já pode ter começado e tem a Sete Brasil como destaque da pauta. Ontem, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, antecipou que a distribuição de dividendos pode não ser discutida hoje. Se for confirmado, pode desapontar e trazer pressão adicional à bolsa local.
Os mercados futuros de ações em Nova York ampliam perdas da véspera. Ontem, os presidentes do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, e de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmaram que o banco central americano pode manter os juros inalterados por todo o ano e cortar apenas no ano que vem.
Às 9h37, o dólar à vista subia 0,14%, a R$ 5,2574. O dólar para maio ganhava 0,33%, a R$ 5,2630.