Dom Joel participa de Sínodo dos Bispos e destaca a importância da sinodalidade para a Igreja

07/out 08:30
Por Redação/Tribuna de Petrópolis I Foto: Reprodução

Após dois dias de retiro, o Papa Francisco abriu, na tarde do dia 2 de outubro, a Primeira Assembleia Geral da Segunda Sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade, realizada na Sala Paulo VI, no Vaticano. Entre os presentes estava o bispo da Diocese de Petrópolis, Dom Joel Portella Amado, que, em dia de seu aniversário, teve a oportunidade de cumprimentar o Papa e trocar algumas palavras com ele.

Na primeira semana do Sínodo, que começou com um retiro espiritual para todos os membros, o pontífice fez um apelo pela paz mundial, convocando todos para a oração do Rosário às 12h (horário de Brasília) e um dia de jejum e orações em 7 de outubro, data em que se celebra Nossa Senhora do Rosário.

Dom Joel, que está entre os cerca de 350 participantes do Sínodo, explicou que as atividades incluem trabalhos em grupo e sessões plenárias, acompanhadas pelo Papa Francisco. “Nos dois primeiros dias, estivemos em retiro para que o discernimento das questões seja fruto da escuta comum do que o Espírito Santo está indicando para a Igreja”, afirmou o bispo.

Segundo ele, o trabalho do Sínodo se baseia em um documento chamado Instrumento de Trabalho, dividido em três partes. “Na primeira semana, dedicamo-nos aos fundamentos da sinodalidade. Trata-se de um termo novo, que precisa ser bem compreendido, e vimos que é uma aplicação do princípio de comunhão. A Igreja é comunhão, e tudo o que for decidido deve ser concretizado com base nisso”, explicou.

Dom Joel ressaltou que “a fonte de toda comunhão é a Santíssima Trindade, comunhão perfeita. A Igreja, como povo de Deus e corpo de Cristo, deve buscar ser cada vez mais comunhão. Pensar a sinodalidade fora desse princípio é não entender corretamente o tema”.

O bispo de Petrópolis destacou a diversidade de participantes no Sínodo, representando todas as regiões do mundo. Durante as assembleias, os grupos são organizados por idioma — português, italiano, inglês, espanhol e francês são as línguas oficiais do evento. “Cada membro pode se expressar em qualquer um desses idiomas, com tradução simultânea. Nas plenárias, cada pessoa tem 3 minutos para se manifestar livremente sobre as questões apresentadas, sem debates ou discordâncias públicas. Todas as falas são registradas, e os membros também podem enviar textos diretamente à secretaria do Sínodo para consideração”, esclareceu.

O bispo enfatizou que a experiência sinodal é um momento de comunhão, destacando a convivência harmoniosa entre pessoas de todos os continentes. “Há, às vezes, maneiras muito diferentes de entender os desafios, mas a diferença não exclui a comunhão; pelo contrário, a fortalece”, observou Dom Joel.

Ele também informou que temas mais específicos, como conselhos de pastoral e administração nas dioceses e paróquias, serão discutidos a partir de 7 de outubro. Como Padre Sinodal eleito pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Joel participará de todas as sessões do Sínodo, que se estenderão até 27 de outubro.

Os interessados podem acompanhar as notícias sobre o evento pelo site Vatican News.

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