Dona da F-1 pode confirmar compra da MotoGP nesta semana, diz TV britânica

31/mar 19:17
Por Estadão

Proprietária dos direitos da Fórmula 1, a empresa americana Liberty Media está perto de selar a compra da MotoGP, afirmou o canal britânico Sky News, neste domingo. O acerto, estimado em 4 bilhões de euros (cerca de R$ 21,6 bilhões), poderia ser confirmado nesta segunda-feira, dia 1º.

Se o acordo for confirmado, a Liberty Media concentrará a principal categoria do automobilismo mundial e também a maior competição de motovelocidade do planeta. Há especulações até de que as duas competições poderiam ter etapas disputadas simultaneamente no mesmo local.

A negociação foi revelada nos últimos dias pelo tradicional jornal The Financial Times. Na semana passada, o periódico garantiu que as conversas estavam avançadas e que o acordo poderia ser anunciado nos próximos dias. A expectativa agora é sobre uma possível oficialização do acordo no início desta semana.

De acordo com a Sky News, o CEO da Liberty Media, Greg Maffei, deve desembarcar em Madri nesta segunda-feira. A visita do executivo à capital espanhola, sede da Dorna Sports, empresa que detém os direitos comerciais da MotoGP, alimentou a expectativa por um anúncio neste início de semana.

De origem espanhola, a Dorna Sports também é proprietária da Moto2 e da Moto3, categorias de acesso à MotoGP, além da MotoE, competição de motos elétricas, e do World Superbike Championship. Não há informações sobre se a Liberty Media adquiriria todas os eventos esportivos que pertencem atualmente à Dorna.

Outros dois grupos estariam interessados na aquisição da MotoGP: a TKO, que tem a propriedade dos direitos do UFC e da WWE, e a Qatar Sports Investments, grupo do Catar que é dono do Paris Saint-Germain.

Se confirmada, a aquisição poderá ser alvo de questionamentos na Justiça em razão da concentração de grandes competições esportivas nas mãos de um mesmo grupo. O mesmo aconteceu em 2017, quando o fundo de investimento CVC Capital Partners comprou a Fórmula 1, em 2006. Na ocasião, o fundo também era acionista da Dorna e precisou vender sua parte para que o negócio fosse aprovado pela Comissão Europeia.

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