CPTrans diz que retirar carros abandonados é prioridade, mas mostra pátio vazio

16/06/2021 20:31
Por Luana Motta

Com pouco mais de 15 dias de operação, o pátio onde funciona o depósito municipal de veículos, ainda que vazio, tem gerado controvérsias. Embora a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transporte (CPTrans) afirme que o foco de utilização do pátio seja para as operações para remoção de veículos abandonados e carcaças que obstruem o trânsito nos bairros, essas operações ainda nem começaram. Os poucos veículos que estão sob a guarda do depósito foram recolhidos durante as operações de fiscalização no trânsito, que estão sendo realizadas junto com o Detran e a Polícia Militar.

Nesta quarta-feira (16), a Prefeitura publicou nas redes sociais um vídeo do diretor-presidente da CPTrans, Luciano Moreira, em que mostra o pátio do depósito vazio, e esclarece que o foco das operações realizadas pela Prefeitura não é a remoção de veículos que estejam com irregularidades na documentação; além daqueles veículos que não estão em condições de circulação, abandonados ou obstruindo vias.

Depois de dois anos sem um depósito municipal, no fim de maio, a notícia da contratação do pátio localizado no Morin, foi bem recebida pela população. Mas a comemoração durou pouco. Nas últimas semanas, as operações que vem sendo realizadas pelo Detran, CPTrans e Polícia Militar gerou controvérsias sobre a atuação da CPTrans na remoção dos veículos que estão com documentação atrasada.

O vídeo publicado nas redes sociais da Prefeitura é um esclarecimento sobre a fiscalização do órgão nessa operações. Luciano afirma que a Prefeitura “não tem o objetivo de tirar os carros da rua por questões meramente documentais afetando a vida do trabalhador”. E o presidente da CPTrans justifica que o pátio está vazio porque de fato não há a tantas fiscalizações.

“E esse é o nosso foco, dar mais segurança para as pessoas. Garantir que a gente tenha mais ordenamento na cidade, algo que cada vez mais a gente precisa melhorar. E para melhorar, é importante ter a ferramenta de reboque para impedir que aquele veículo atrapalhe o caminhão de lixo, atrapalhe o ônibus dentro do seu bairro, que a gente tenha o que fazer quando alguém para na porta da sua garagem. A gente precisa dessa ferramenta e esse é o nosso foco. Então como vocês podem ver a prova viva disso ai é que se tivesse de fato a quantidade de fiscalização que a gente vê as pessoas achando que tem o pátio não estava vazio”, disse Luciano Moreira em um trecho do vídeo.

Nas redes sociais, chovem comentários sobre o problema crônico de estacionamento irregular em vias estreitas, impossibilitando a passagem de coletivos, caminhões, serviços públicos, como a coleta de lixo e em casos mais graves, serviço médico. Quitandinha, Castelânea, Mosela, Manoel Torres são alguns dos exemplos de localidades que leitores da Tribuna, com frequência, denunciam os problemas no trânsito.

A Tribuna questionou a Prefeitura sobre o balanço das operações de fiscalização com foco nos casos relatados no vídeo de esclarecimento, e aguarda resposta.

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