Dweck: servidores que não fecharem acordo nesta semana não terão garantia de reajuste em 2025

15/ago 13:46
Por Fernanda Trisotto / Estadão

A ministra da Gestão, Esther Dweck, afirmou que as categorias do funcionalismo que estão negociando reajuste salarial com o governo e não fecharem acordos nesta semana podem ficar de fora do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) e sem garantia do reajuste em 2025.

“Quem não fizer o acordo essa semana possivelmente não entrará nesse projeto de lei e aí já não temos mais a garantia de que eles vão ter o reajuste a partir de 1º de janeiro de 2025”, declarou durante participação no programa Bom Dia, Ministra.

Ela disse que a Gestão tem atendido outros pleitos, que não são salariais, mas contemplam pontos específicos de algumas categorias. “Temos feito um trabalho extremamente de diálogo democrático, ouvindo todo mundo e tentando fechar acordos. Temos um prazo até sexta-feira, 16 de agosto, para fechar o que vai entrar no PLOA, que a gente precisa encaminhar ao Congresso com todos os acordos já assinados. Quem a gente não fechar essa semana não entra nesse projeto de lei inicial e aí a gente não garante o reajuste a partir de janeiro de ano que vem”, reiterou.

A ministra explicou que a Pasta já fechou 29 acordos de reajustes e que 90% dos servidores federais estão contemplados, mas que há impasses com algumas categorias. “Muitas vezes, as categorias não aceitam (a proposta) não porque acham o reajuste baixo, mas é que elas gostariam de ganhar igual a uma carreira que está acima delas. Aí é que vira um impasse. Não estou nem fazendo uma análise de mérito, se o que ela está pedindo é correto ou não. É uma questão fiscal e até do fato de a gente negociar com mais de um milhão de pessoas, na verdade”, disse.

Ela frisou que o funcionalismo federal ficou muitos anos sem reajuste salarial, mas que a atual gestão vem firmando acordos com aumentos que trazem ganho real para os servidores. “Os porcentuais de reajuste que a gente está dando não são pequenos. Claro, não recompõe todas as perdas do período que ficou sem reajuste, mas são porcentuais bastante expressivos. Provavelmente, no setor privado, não tem ninguém tendo esse tipo de reajuste neste momento”, disse.

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