A Unimed Petrópolis divulgou uma nota na manhã desta sexta-feira (6) desmentindo uma mensagem que vem sendo compartilhada em conversas no WhatsApp sobre a variante delta do novo coronavírus que teria a assinatura do Grupo Unimed. A Unimed Petrópolis, bem como as outras cooperativas e empresas do Sistema Unimed não são responsáveis pelo conteúdo. “Vale ressaltar que a Unimed repudia o uso indevido da marca para propagar informações não verificadas que podem impactar a saúde das pessoas” diz um trecho da nota.
A Unimed Petrópolis informou que somente se pronuncia por intermédio dos canais oficiais de comunicação, promovendo o acesso a informações seguras e confiáveis. A empresa promove inclusive uma campanha nas suas redes sociais de alerta e combate às fake news chamada “Movimento Livre de Mentiras”.
Infectologista da SBI explica sobre a transmissão da variante Delta
De acordo com o infectologista Alexandre Naime, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, que conversou com a Unimed Petrópolis, a variante delta tem como principal característica a sua alta transmissibilidade. Em relação à cepa original do vírus, a variante é 97% mais transmissível, conforme estudo do King’s College London.
Foi justamente esse estudo, segundo o infectologista, que levou a uma onda de desinformação nas últimas semanas, sobretudo nas redes sociais. “De acordo com essa pesquisa, publicada há um mês, os sintomas de quem tem a variante delta são mais tênues, com menos ocorrência de tosse e dor no corpo. Em pacientes mais jovens, os sintomas se assemelham a um resfriado, com menos perda de olfato e paladar”, explicou.
O consultor da SBI destaca, ainda, que o aumento da transmissibilidade do vírus é esperado, dada a sua evolução natural, o que torna fundamental a vacinação da população o mais rápido possível, de modo a frear a transmissão viral, e a manutenção das medidas já conhecidas de prevenção (usar máscara, higienizar frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool gel, evitar aglomerações).
“Não há estudos que demonstrem que a variante delta seja mais patogênica ou mortal, ou que afete diretamente os pulmões. Isto não é verdade. Sabe-se que é mais fácil de transmitir. Embora sua ocorrência já tenha sido registrada no Brasil, também não é a variante que predomina no país – esta é a variante gama”, acrescenta Naime.
A Unimed Petrópolis reforça que toda e qualquer informação da empresa é divulgada em seus canais oficiais: Instagram, Facebook e LinkedIn.
Petrópolis teve duas notificações de contaminação pela variante
A Secretaria de Estado de Saúde notificou na tarde de quarta-feira (04) o Departamento de Vigilância em Saúde do município sobre a identificação de dois casos da variante Delta (B.1.617.2 – sub linhagem da B.1.617). Os dois casos são referentes a moradores do distrito da Posse, que tiveram sintomas no início de julho. Ambos exames foram coletados no município de Areal, que encaminhou o material e as notificações dos casos ao Estado.
Após a notificação do Estado, a Divisão de Epidemiologia contactou os dois pacientes: um homem de 24 anos e uma mulher de 25 – ambos moradores do distrito da Posse. Os dois relataram que os primeiros sintomas foram sentidos no dia 1º de julho e no dia 5 ambos foram até o município de Areal fazer o teste. O caso do rapaz foi notificado ao Estado pela Secretaria de Saúde de Areal no dia 13 de julho e o da mulher, no dia 16 de julho. Ambos informaram que cumpriram o isolamento social, não precisaram de internação, se recuperaram e passam bem.