Educação de qualidade, saída para o Brasil
Em nosso dia a dia, tomamos conhecimento “in loco” dos problemas mais graves de nossa gente, e todos são conhecidos pelos nossos homens públicos, das cidades, dos estados e de Brasília, os mais urgentes, então, pela sobrevivência do nosso povo.
Mas não basta politicamente tentar resolvê-los somente, é preciso que o homem público pense adiante, se convença que não sabe tudo, tenha a humildade de se cercar de formuladores de políticas de médio e longo prazos para o conhecimento técnico-científico de nossa juventude. Não existe outra saída que não seja a formação intelectual para o desenvolvimento do nosso País.
Quando escrevia este artigo, lia a entrevista da possível nova reitora da tão sofrida, saqueada e maltratada UFRJ, Professora Denise Pires de Carvalho, e suas propostas.
Uma de suas bandeiras mais frequentes é aumentar o índice de conclusão de cursos, passando um pente fino em todos os cursos, o que deveria ser feito, aliás, em todo o país. Outro projeto importante que ela quer avançar mira os que pensam em trocar de carreira no meio da graduação. Ela propõe criar um programa de apoio ao estudante, em que o aluno “indeciso” poderá passar uma semana frequentando aulas do curso pretendido, ela também bateu na tecla da transferência do aluno, para mais próximo da família, por que em momentos difíceis, como suicídio de um colega por exemplo (não usuário de drogas), pode afetar momentos importantes da graduação.
A nova possível reitora da UFRJ (a maior do Brasil) defende, dependendo da graduação escolhida pelo aluno e suas dificuldades, como exatas, onde a cobrança é diária, que o aluno possa ter, com responsabilidade, dias em casa, onde pode estudar várias matérias sem a presença diária do professor e sim, trocar via Internet com os professores, perguntas e respostas em assuntos não compreendidos.
Ela também defende, como é no mundo desenvolvido, pesquisa com essência universitária, onde os alunos possam trabalhar em pesquisas sob a liderança de professores, mesmo que a distância, mas nunca passando de 30 dias sem a presença na Universidade. E lembra que, no mundo civilizado, o investimento no bom aluno deve permanecer até que ele possa dar os primeiros passos sozinho com a sua escolha profissional. E, para terminar, quer conselhos técnicos e plurais fiscalizando os orçamentos das universidades, para que todo centavo seja investido na formação, e não somente como hoje, onde mais de 82% dos orçamentos são dedicados a custeio de cada uma, e investimentos em novos profissionais da ciência ficam sempre em segundo plano, inviabilizando o progresso científico do país.