Eleições 2020: Tribuna entrevista o candidato a prefeito Elias Montes sobre Educação
Elias Montes tem 53 anos e é candidato pelo PSL, na chapa Juntos vamos cuidar de Petrópolis! É natural de Petrópolis, do bairro Roseiral. Mora em Cascatinha. Casado com a professora Márcia, pai de Clara e Larissa Viana. Cristão praticante, defensor dos valores da família, respeitador da diversidade de modos de vida que se enquadrem nas normas de boa convivência e na obediência às leis do país. Começou aos 13 anos como operário metalúrgico e trabalhou na GE-Celma. É Bacharel em Direito pela Estácio e diplomado na Escola Superior de Guerra em Políticas Estratégicas. Aposentou-se na Polícia Rodoviária Federal, onde chefiou a atual 6ª Delegacia, Região Serrana. É amante do esporte e faixa preta de jiu jitsu segundo grau.
Países de primeiro mundo se preocupam, além de que oferecer Educação, formar cidadãos. Hoje, no dia a dia, pequenos atos de desonestidade, como não revelar um troco errado, furar uma fila, levar uma vantagem, são comuns. Isso reflete no ambiente de corrupção que se instituiu no país. Como a educação em Petrópolis pode formar melhores cidadãos para que isso reflita na escolha de seus gestores e na vida em comum?
A palavra move, mas o exemplo arrasta. A escola tem que ser um ambiente onde o respeito e a responsabilidade sejam parte das relações interpessoais. O respeito ao debate, com observância das regras de conduta e boa educação, deve ser ensinado para que os temas discutidos tragam novas ferramentas cognitivas na formação da opinião própria. Respeito às instalações e equipamentos utilizados pelo grupo, já que são ferramentas importantes para facilitar o desenvolvimento do saber. Todos os envolvidos no processo devem responder por seus atos e omissões. Os alunos precisam aprender a amar sua escola e a ver no professor o mestre cuja memória o acompanhará.
Sem professores qualificados não há uma boa educação. Japão, Coreia e Finlândia são exemplos de valorização dos professores. Nestes países, eles não recebem menos que R$ 12 mil reais por mês. E a maioria dos recursos do Fundeb, em Petrópolis, é usada para pagar professores. Mesmo assim, a classe reclama de remuneração, condições de trabalho e falta de aperfeiçoamento profissional. Como a sua gestão vai avançar na Educação?
Os países mencionados devem ser um parâmetro para nós. Contudo temos que considerar as diferenças culturais que são muito significativas. No Japão por exemplo, as crianças têm responsabilidades com a escola que aqui se adotadas causariam celeuma. Elas, sob supervisão, limpam o banheiro, corredores e salas de aula. Acho isso fantástico. Mas não creio que estejamos prontos para esse tipo de proposta. O professor deve ter todo apoio da administração. Ele é quem leva a cabo a nobre missão de conduzir o processo de construção do conhecimento dos nossos alunos, motivo de todo trabalho. Todo o funcionalismo, deve estar inserido em um processo de capacitação permanente.
O ensino profissionalizante tem sido uma grande alternativa para formar os jovens em educação e, ao mesmo tempo, inseri-los no mercado de trabalho. Mas, o ensino profissionalizante oferecido hoje na cidade foca pouco nas nossas vocações, como a tecnologia e o turismo. Se estes são setores promissores na cidade, como formar o jovem para trabalhar no polo tecnológico e na rede de turismo da cidade?
Turismo e tecnologia. A solução é muito mais simples que se mostra. Temos um projeto de turismo extraordinário em que todas as potencialidades naturais, históricas e culturais serão largamente exploradas. E nesse contexto a capacitação será uma necessidade urgente. Ocorre que a iniciativa privada é a maior interessada. A exemplo disso temos o Serratec que está com um projeto em andamento nesses moldes, contudo com ínfima participação do governo municipal. Capacitar o jovem, o adulto para o mercado de trabalho é qualificar o setor produtivo. Fortalecer a economia. E, acima de tudo, dar a dignidade para o cidadão de crescer com o resultado de seu trabalho.
Depois de seis décadas de tragédias só agora Petrópolis incluiu em sua grade curricular a prevenção a desastres com ensino de Defesa Civil nas escolas. O que mais precisa ser incluído na educação de Petrópolis para a formação do aluno como cidadão responsável e consciente?
Trarei algumas propostas sem a pretensão de serem terminativas. Esse é um tema que deve ser discutido ouvindo os profissionais da educação. Mas já que falamos do imenso potencial turístico de nossa cidade, a história de Petrópolis seria muito bem-vinda pois, só amamos o que conhecemos. Empreendedorismo. Nossos jovens devem ter o contato com essa matéria para que tenham despertados a vontade de terem seu próprio negócio. Educação política. Entender sua importância na sociedade e como funciona. É comum o desconhecimento mais básico como as atribuições dos poderes executivo e legislativo serem confundidos. Outros temas de relevância como: Trânsito e primeiros socorros e economia doméstica.
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