Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Alexandre Gurgel sobre qualidade de vida e bem-estar social

13/09/2020 08:00

Alexandre Gurgel é pré-candidato à Prefeitura pelo partido Cidadania. Casado com a fisioterapeuta Ivana, juntos escolheram Petrópolis para viver e criar o filho Pedro, que estuda na cidade desde a infância e atualmente está terminando a faculdade. Mestre em Administração pela FGV e Doutorando em Políticas Públicas pela UFRJ, Gurgel é professor, consultor em gestão e autor de livros. Ocupou cargos de liderança no setor público e privado. Sua participação política é por amor e gratidão à cidade e sua população.

Qualidade de vida e bem-estar social são considerados fundamentais por gestores de países com progresso avançado. Eles consideram que segurança, trânsito humanizado, soluções sustentáveis e acesso à tecnologia são itens essenciais para o bem estar social.  Quais são seus projetos para Petrópolis em qualidade de vida?

Uma boa gestão pública tem o compromisso de entregar para a população uma rede com qualidade de atendimento na saúde, educação moderna e integral com vagas para todas as crianças e jovens, ambiente de negócios e incentivos para a geração de trabalho e renda, investimentos em infraestrutura, mobilidade, habitação, ambiente e promoção social. Reduzir gastos, planejar melhor a aplicação dos recursos e ouvir permanentemente a população, assim serão construídos nossos projetos e programas.

Maior PIB da região serrana e oitava economia do estado, Petrópolis tem 10 mil pessoas em situação de extrema pobreza segundo o IBGE.  Em mais de  3 mil domicílios, os moradores não dispõem de renda ou então recebem apenas benefícios do governo. Pelo menos 8 mil pessoas sobrevivem com renda de R$ 250 por mês.  Como a sua gestão vai tirar as pessoas desta situação?

A descentralização econômica é um caminho importante. É preciso desenvolver cada bairro em acordo com a sua identidade e promover as atividades econômicas oferecendo infraestrutura e incentivos. Com a população consumindo localmente, temos mais oportunidades de emprego e renda, diminuindo a pobreza. Vamos incentivar o empreendedorismo e a abertura de novas empresas, com especial atenção à revisão da lei de ocupação do solo, fator fundamental no quesito desenvolvimento. 

Não se pode falar em qualidade de vida e bem-estar social quando há famílias em áreas de risco e Petrópolis é destaque no país com 234 locais propensos a desastres em função das chuvas. São 72 mil pessoas, cerca de 25% da população, vivendo em áreas de risco.  Qual será a política habitacional da sua gestão?

Precisamos  atualizar o plano local de habitação de interesse social, o que inclui o mapeamento das áreas de risco e classificação dos conjuntos habitacionais. Petrópolis é alvo do crescimento informal desordenado sem qualquer fiscalização. Vamos investir no programa de Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social, cumprindo a legislação e orientando as famílias. É preciso resgatar a consciência das pessoas quanto aos riscos da construção irregular para quem constrói e para seus vizinhos.

A população de rua em Petrópolis  é de cerca de 140 pessoas.  Os moradores de rua não estão apenas no Centro histórico, mas também nos bairros. Acolhimento, alimentação e até mesmo atendimento em saúde são oferecidos a essa população. No entanto, a maioria faz uso de drogas, apresenta deficiência mental ou tem falta de capacidade para o trabalho. Qual a sua proposta para reinseri-los na sociedade?

Temos de fortalecer a rede de proteção social, através de programas com métricas claras e considerando experiências bem sucedidas. Os abrigos e espaços de tratamento para dependentes químicos precisam estar integrados e contar com programas de capacitação e recolocação profissional. Respeito ao próximo e acolhimento ao cidadão em dificuldades devem ser os norteadores das políticas públicas.

Ouça a entrevista completa em podcast: 

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