Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Cel. Vieira Neto sobre saúde pública

16/08/2020 11:00

Cel. Arnaldo Vieira Neto é pré-candidato pelo PRTB. É Coronel do Quadro de Oficiais Combatentes da PMDF. Foi Chefe da Assessoria de Informática da PMDF (1994/95); sub-comandante da Companhia de Polícia Florestal (1998/99); chefe do Centro de Informação e Administração de Dados (2001); sub-diretor de Ensino (2008); comandante do 6º BPM, Batalhão Esplanada (2010); comandante do 13º BPM – Sobradinho (2011) e comandante do Comando de Policiamento Regional Leste (2015). Participou de missões de paz em Angola (1997/98) e no Sudão (2005/07)

Hoje, 77% da população de Petrópolis é atendida pelo SUS na Atenção Básica de Saúde. O orçamento da Saúde, somados repasses estaduais e federais é de R$ 345 milhões. As construções de novas unidades de saúde como a da Posse e a de Araras levaram seis anos para serem concluídas, ou seja, atravessaram duas gestões. Como o seu governo vai fazer para acelerar a instalação dos postos de saúde?

Novamente, a reformulação de toda estrutura administrativa é essencial, priorizando o pessoal voltado ao atendimento final em detrimento ao burocrático. O maior escoadouro na administração pública refere-se ao gasto com pessoal, onde as faturas de campanha e do partido preterem o funcionalismo público. Com o enxugamento da máquina, a administração poderá priorizar a reforma da estrutura atual e sua ampliação de forma a atender toda a sociedade.

Do ponto de vista da gestão ainda não foram implantadas, na totalidade, ações como o prontuário eletrônico em todas as unidades e a biometria para controlar a freqüência dos médicos e servidores. A falta de informatização na Saúde é um dos entraves para melhorar o sistema na cidade. Como a sua gestão vai tratar esta deficiência?

A automação digital, não só do sistema de saúde, mas de toda a administração municipal, tem que ser prioridade, não só no que se refere ao controle de ponto, mas controle processual e controle de protocolos de tramitação de demandas, inclusive com a aplicação de GESTÃO ELETRÔNICA DE DOCUMENTOS, eliminando assim a burocracia de busca manual de processos ou documentos, agilizando todo o processo em si, inclusive com acesso à auditoria de órgãos de controle externo.

Pacientes reclamam de demora na marcação de exames e consultas, em especial os pré-operatórios, e também demora na marcação das cirurgias. Há pessoas que já refizeram exames várias vezes porque as cirurgias são sempre adiadas. A pandemia do coronavírus fez a fila pelas cirurgias crescer. Como sua gestão vai colocar um fim às filas para cirurgias?

Priorizando os atendimentos por classificação de urgência, obviamente após a máquina ser enxugada e se tornar eficiente. Os atendimentos de baixa complexidade, basicamente os ambulatoriais, devem ter um atendimento paralelo e os demais atendimentos ficarão sob a responsabilidade direta da rede municipal.

Petrópolis vive hoje duas realidades: moradores que entram na justiça para garantir vagas, remédios e cirurgias. Por outro lado, assistem os moradores de outros municípios serem atendidos nas emergências da cidade. E Petrópolis não recebe indenização das cidades de origem dessas pessoas pelo atendimento que foi prestado aqui. Como sua gestão vai resolver os dois problemas?

Em um primeiro momento é necessário uma auditoria em todos os atendimentos prestados pela rede municipal de saúde para se identificar o padrão dos usuários. Assim, de posse desse relatório, mapeados os pacientes e suas origens, a administração poderá tomar as melhores medidas com vistas a equilibrar a relação atendimentos/cobranças. 

Ouça a entrevista completa em podcast:

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