Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Elias Montes sobre administração pública

02/08/2020 08:00

Elias Montes tem 53 anos e é pré-candidato pelo PSL. É natural de Petrópolis, do bairro Roseiral. Mora em Cascatinha. Casado com a professora Márcia, pai de Clara e Larissa Viana. Cristão praticante, defensor dos valores da família, respeitador da diversidade de modos de vida que se enquadrem nas normas de boa convivência e na obediência às leis do país. Começou aos 13 anos como operário metalúrgico e trabalhou na GE-Celma. É Bacharel em Direito pela Estácio e diplomado na Escola Superior de Guerra em Políticas Estratégicas. Aposentou-se na Polícia Rodoviária Federal, onde chefiou a atual 6ª Delegacia, Região Serrana. É amante do esporte e faixa preta de jiu jitsu segundo grau.

De um lado o cidadão que reclama de atendimento ruim nos serviços públicos e, de outro, servidores insatisfeitos com condições de trabalho e salários. A máquina pública se mostra pesada, lenta e com ferramentas obsoletas.  O desafio é otimizar a administração, reduzir gastos e aumentar a produtividade para executar políticas públicas. Como fazer isso com o efetivo de pessoal e ferramentas que existem hoje na prefeitura?

A boa gestão se dará com ferramentas adequadas que orientem e agilizem as decisões. Treinar funcionários, oferecer-lhes condições adequadas de trabalho, informatizar processos, integrar sistemas, ter protocolos eletrônicos e histórico de documentos; esse é o caminho para o êxito. Ter tudo auditável e com transparência, são necessidades urgentes. São os funcionários públicos, que realmente sabem o que fazer para que a administração funcione. Relegados ao segundo plano, esses profissionais têm que ser valorizados e reconhecidos.  

Os servidores municipais tiveram nos últimos anos apenas um reajuste salarial de 4,3%.  São 9 mil servidores e mais 3 mil aposentados e pensionistas. A prefeitura é a maior empregadora da cidade. Como valorizar o servidor e cobrar melhor desempenho  para atender ao cidadão?

Uma cidade com 306 mil habitantes, tendo como o seu maior empregador a prefeitura, prova do nível de disfuncionalidade a que chegamos. Devemos parar de contratar, garantir os direitos dos servidores e a saúde fiscal do município. Isso acontecerá implantando-se Tecnologia de Informação, como foi feito pelo governo federal no INSS. Vamos enxugar os quadros do pessoal contratado por indicação para o mínimo necessário, mas sem afetar a qualidade do serviço e com o mínimo de impacto na vida das pessoas envolvidas.

Sendo eleito, como será a condução das despesas de pessoal em seu governo. Hoje a prefeitura gasta cerca de 51% de sua receita com pagamento dos servidores e ainda precisa solucionar contratações feitas por RPA (Recibo de Pagamento a Autônomo) em várias secretarias, em especial, Saúde e Educação.

Petrópolis precisa caber no seu PIB. Infelizmente, os antigos Prefeitos agravaram o problema acumulando dívidas. Buscaremos receitas externas de variadas fontes: fundos, repasses, ICMS Verde, emendas parlamentares, PPPs, tributos de incentivo, etc. Só assim teremos espaço fiscal para recuperar nossa capacidade de investimento. Deixo claro que pagar os salários é prioridade, bem como enxugar a máquina pública. Praticaremos uma política de abertura econômica para combater o desemprego e ampliar a arrecadação do município. 

Na administração pública, os cargos de chefia, são ocupados por indicações do prefeito. Nem sempre são escolhidas pessoas tecnicamente preparadas para conduzir as pastas.  Como será escolhida a sua equipe de governo? O apoio político vai significar ocupação de espaços importantes em secretarias da sua gestão?

Sou um Técnico, servidor federal de carreira, conservador nos costumes e liberal na economia. Por isso sei bem o valor do trabalho e da meritocracia. Fui protagonista no processo de  reestruturação da Polícia Rodoviária Federal  que está agora entre as instituições mais respeitadas e modernas do Brasil. Só consegue governar plenamente quem é eleito sem conchavos e esquemas. Esse é o nosso desafio, eleger um prefeito livre da velha política e dos velhos arranjos. Só assim teremos os melhores em cada pasta.

Ouça a entrevista completa em podcast:

Últimas