Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Ramon Mello sobre juventude

O petropolitano Ramon Mello é pré-candidato pelo Avante. É advogado, casado com Teresinha e pai do Pedro. Além do Direito, Ramon é professor formado pelo Colégio Estadual Rui Barbosa. Trabalhou no comércio e na indústria de Petrópolis, além de ter sido servidor público municipal. Hoje advoga e é assessor jurídico do deputado Luiz Paulo. Ramon elaborou o pedido de impeachment do governador Witzel, apresentado pelo deputado Luiz Paulo na Alerj. Ramon que propôs o projeto que virou lei acabando com a indústria da multa, depósitos e reboques no Estado.

As drogas se tornaram um problema social relevante. E os jovens são os mais suscetíveis ao consumo de álcool, drogas ilícitas e medicamentos como estimulantes e tranquilizantes. E o consumo de drogas acaba afetando toda a estrutura familiar. Como evitar que os jovens entrem no mundo das drogas e como ajudar as famílias que já convivem com este drama?

A cidade precisa dar oportunidade aos jovens, e enfrentamos dois problemas principais. O primeiro é o jovem que já está no mundo das drogas, que precisa ser inserido devidamente no mercado de trabalho e na sociedade, para que ele tenha perspectiva de vida. É importante, também, que o prefeito dê o exemplo, que a administração pública seja referência de honestidade. Já o segundo problema é das famílias, que precisam de todo o acolhimento da Assistência Social. Conheço as comunidades da cidade de dentro e vou fazer o resgate e, antes de tudo, a conscientização dos jovens e de suas famílias.

A população jovem de Petrópolis é de 70 mil pessoas. Somente de 15 a 19 anos são 24 mil jovens. É nesta faixa etária que o jovem quer ingressar no mercado de trabalho e precisa estar protegido contra a ameaça das drogas. O que sua gestão vai fazer nestes dois sentidos?

Quero insistir na questão de ter o prefeito como referência. Assim, poderemos inserir, devidamente, o jovem na sociedade, de forma com que ele se sinta acolhido. Temos que investir na qualificação profissional, relacionar as escolas técnicas à rede pública, estabelecer parcerias. Um exemplo é a escola cívico-militar, que oferta uma ocupação em tempo integral ao jovem. Eu, por exemplo, fiz o Normal Superior no Colégio Estadual Rui Barbosa, o que me deu a oportunidade de ter uma profissão, de seguir uma carreira. Em outra esfera, devemos proporcionar o entretenimento, e não o afastamento da juventude. 

Relegado a um segundo plano, o esporte voltou a ser protagonista em comunidades, nas escolas e na vida dos jovens.  O que Petrópolis precisa avançar não apenas em estrutura física, mas em ferramentas para que haja cada vez mais a prática de esporte entre os jovens?

Não vou fazer como o atual governo, que promove inaugurações de equipamentos já existentes e que não cuida. Falta parceria entre a Prefeitura e o meio esportivo, e não precisa ser necessariamente financeira, já que estamos em uma crise financeira muito grave. Podemos ofertar a infraestrutura mínima necessária, com atendimento pediátrico, psicológico, firmar acordos com as empresas de ônibus para transporte dos atletas, entre outros. Há também a Parceria Público-Privada do Parque de Itaipava, um projeto que vejo como uma possibilidade de devolver a dignidade à população petropolitana.

Manifestações culturais surgiram na cidade por iniciativa de jovens, como festivais de música nas praças. Mas o poder público não conseguiu acompanhar e garantir ordenamento para estas atividades. O resultado é uma queda de braço entre prefeitura e organizadores atravessando vários governos. Como a sua gestão vai garantir manifestação cultural de iniciativa da sociedade?

Parafraseando o grande poeta Castro Alves, “a Praça é do povo”. Não vou inibir ninguém de ocupar os espaços públicos. Aproveitando a oportunidade, gostaria de anunciar, em primeira mão, que minha administração vai ter um setor unificado, reunindo toda a estrutura necessária para a produção de eventos culturais na cidade, otimizando o tempo dos produtores. Vamos, também, respeitar os artistas, que nos últimos anos levaram calotes do governo, isso de acordo com a própria imprensa local e também os artistas e produtores. O governo do Ramon vai ter segurança, seriedade, trabalho e transparência.

Ouça a entrevista completa em podcast: