Eletroencefalograma: atraso em laudos prejudica graduação de estudantes
Alunos do curso noturno de comissário de bordo da Escola de Aviação de Petrópolis – Edapa, denunciam que podem perder o certificado de conclusão por não receberem o laudo médico do exame eletroencefalograma, exigido para a realização da prova final do curso. Segundo os alunos, eles recorreram a Assistência Especializada Divisão de Saúde Mental- Ambulatório de Saúde (PAM), localizado na rua Marechal Floriano Peixoto, no Centro, para realizar o exame pelo Sistema Único de Saúde. A previsão era que o resultado seria entregue em no máximo 30 dias. Apesar disso, após dois meses eles continuam em busca do laudo médico.
A situação se agrava diante da obrigatoriedade da apresentação do exame, para que seja possível a participação dos alunos na prova prática do curso, exame final, que consiste em uma avaliação de sobrevivência na selva. A vendedora Talita Moreira é uma das alunas que está sendo prejudicada com a demora. Ela fez o exame no dia 30 de agosto e até hoje não recebeu o resultado. O prazo de entrega era de no máximo 30 dias. Mas segundo ela, a clínica afirmou por cerca de um mês que estava com problemas na impressora, e ontem disse que a médica responsável por emitir o laudo está de licença.
Apesar disso, a prefeitura informou que o serviço de entrega de laudos será normalizado na segunda-feira. Mesmo assim a preocupação é grande. “Se não tivermos o laudo vamos perder o curso. Seis meses nos dedicando, estudando e gastando dinheiro para finalizar o curso e corremos o risco de não conseguirmos concluir por causa da demora para emitir o laudo médico”, disse aflita Talita. Eles têm até o dia 13 de novembro para buscar a documentação para apresentar.
A atendente Maiara da Conceição Souza passa pela mesma situação. Ela realizou o exame no dia 4 de outubro. “Fiz um investimento de mais de R$ 3 mil e agora corro o risco de não conseguir me certificar. Apesar de faltar três dias para o meu prazo vencer vi que tem gente esperando há mais de dois meses pelo laudo. Estou muito preocupada! Posso perder a oportunidade de ingressar em uma boa companhia aérea, e ter que refazer o curso por irresponsabilidade da clínica. Um absurdo!”, disse revoltada.
Na tentativa de atenuar a dificuldade dos alunos o coordenador do curso de comissário de bordo, Eduardo Toledo, buscou uma parceria com uma clínica credenciada do Rio de Janeiro, para que os alunos conseguissem refazer o exame, no particular, por um valor mais em conta. Ele solicitou ainda que a equipe responsável pela avaliação da prova final conceda mais prazo para a entrega dos exames. “Fiz esse pedido a eles mas até agora não tem nada certo. Eles ainda não me responderam. A minha ideia é que eles permitam que os alunos façam a prova e entreguem os laudos até dia 7 de dezembro, quando o curso acaba. Mas o mais certo mesmo é tentar fazer pela clínica parceira”, aconselhou.