Em Petrópolis, quase mil postos de trabalho foram fechados em seis meses

18/07/2017 14:20

O país ganhou mais de 9 mil postos de trabalho e fechou o semestre com um resultado positivo: 67 mil empregos a mais. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Apesar do superávit, em Petrópolis a situação foi um pouco diferente. A cidade perdeu 990 postos nos últimos seis meses. Somente em junho foram 71 empregos a menos, o que resulta numa média 2,3 empregos perdidos por dia. 

No município, na maioria dos setores as demissões predominam. Em primeiro lugar está o comércio, com 57 empregos a menos só em junho, e 600 desde o início do ano. O cenário no setor de serviços, que era positivo no mês passado, acabou invertendo. A área, que abrange os setores de turismo, transporte, hotelaria, bancos, seguros, corretagem, entre outros, fechou o mês com 27 postos a menos. No entanto, por outro lado, a construção civil que havia perdido 66 postos de trabalho no mês de maio, fechou junho com saldo positivo: 6 empregos a mais. O grande número de empreendimentos principalmente na região dos distritos pode ser responsável por movimentar o setor. O grande destaque das contratações no mês passado foi a indústria da transformação, onde 19 novas vagas foram preenchidas. O setor engloba fábricas de bens de consumo como tecidos, roupas, alimentos, bebidas e indústrias de base, que transformam a matéria-prima em base para outros produtos, como a produção de máquinas e ferramentas. 

A nível nacional, segundo o Caged, a situação foi um pouco parecida. O crescimento só foi registrado em dois setores: a agropecuária, que gerou sozinha 36.827 postos formais, e a administração pública, com geração de 704 vagas. Tudo isso somente no último mês.

Por outro lado, tiveram saldo negativo comércio (- 2.747 postos), construção civil (- 8.963 vagas), indústria extrativa mineral (-1 83 postos), serviços industriais de utilidade pública (- 657 postos), indústria de transformação (- 7,887 postos), comércio (- 2.747 postos) e serviços (- 7.273 postos).

"É muito importante reconhecermos que o Brasil passou por uma recessão que foi uma das mais profundas da sua história. Tivemos em junho o quarto mês de geração de empregos em 2017. Queríamos estar comemorando números melhores, mas o Brasil possui suas especificidades", disse o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Para ele o país mostra sinais de recuperação e de que o progresso está sendo retomado de forma segura. 


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