Em SP, Ciro reafirma compromisso com simplificação tributária, caso seja eleito

18/08/2022 11:46
Por Francisco Carlos de Assis e Matheus Souza / Estadão

O candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) reafirmou na manhã desta quinta-feira, 18, seu compromisso com um processo de simplificação do arcabouço tributário brasileiro, destacando que tal medida se insere no leque de decisões de cunho econômico que um eventual governo seu adotará com o objetivo de retomar o crescimento econômico.

Ciro participa nesta manhã, na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), de uma das várias audiências que a casa tem feito com os candidatos à Presidência.

“Só o Brasil tem seis tributos sobre valor adicionado. O mundo tem um e o que eu defendo é o IVA Imposto sobre Valor Agregado”, disse.

Para o candidato, o grande problema do Brasil é o colapso das finanças dos Estados. Por isso, ele defende a proposta de refinanciamento do passivo dos Estados. “Um novo modelo econômico, um novo modelo de governança política”.

Juros

Ciro Gomes voltou a atribuir a atual situação de baixo crescimento da economia e elevado índice de desemprego e desestruturação do quadro fiscal à expansiva taxa de juros. Ao conversar com jornalistas antes de entrar para evento da ACSP, onde fala nesta manhã para representantes do comércio paulistano, o pedetista destacou as dificuldades pelas quais o setor vem passando há mais de dez anos. De acordo com Ciro, essa dificuldade do comércio, que ficou aguda na pandemia, revela os problemas que levaram à perdição de toda uma década.

“Ao meu ver, a estagnação que nos trouxe a essa década toda perdida é o modelo econômico cujo a grande variável é o juro muito alto. E se o juro é muito alto, você erode completamente a economia popular, o consumo despenca. Nós estamos com a menor renda mínima histórica, o salário mínimo típico do Brasil é o menor dos últimos 20 anos em termos de poder de compra”, disse o candidato.

Ciro, então, voltou a falar sobre uma proposta que já constava do seu programa de 2018, que é a de reestruturar a dívida das famílias. Seria, de acordo com ele, um contingente de 66,6 milhões famílias a ser chamado para renegociar suas dívidas.

“Com isso eu consigo fazer a grande alavanca da economia, que é o consumo das famílias”, disse Ciro, acrescentando que num eventual governo dele o salário mínimo “galopará” acima da variação da inflação e do crescimento do PIB com um ajuste nas contas públicas.

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