Em três meses, apreensões de armas crescem 115,7%

19/05/2019 13:10

O combate ao porte ilegal de arma de fogo ganhou força em Petrópolis, no primeiro trimestre do ano. Segundo dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), se comparado ao mesmo período do ano anterior, o número de apreensões de arma teve aumento de 115,7%. Em sua maioria, o revólver foi o tipo mais apreendido durante as abordagens policiais realizadas em diferentes regiões do município.

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Entre os modelos apreendidos durante as incursões, de janeiro a março deste ano, policiais civis e militares encontraram uma carabina, três espingardas, 16 pistolas e 21 revólveres, totalizando 41 armas.

O destaque foi para o mês de março, que teve um aumento de 383% no número de apreensões, se comparado aos dois meses anteriores. Em janeiro e fevereiro, foram apenas seis armamentos apreendidos em cada mês. Em março, o número saltou para 29 armas.

No mesmo período, mas, em 2018, policiais encontraram 19 armas. Entre elas, foram apreendidas duas garruchas, seis revólveres e 11 pistolas. Na ocasião, o aumento foi de 18,7% se comparado ao ano anterior, quando a quantidade foi menor ainda. Em 2017, a polícia encontrou ao todo uma espingarda, uma garrucha, uma pistola e 13 revólveres. Juntas, representam um total de 16 armas.


Sensação de insegurança

Diferentes crimes no município estão se desenvolvendo através do uso de arma de fogo. Na semana passada, por exemplo, dois homens em uma motocicleta fizeram disparos em direção a pedestres que estavam na Rua 13 de Maio e na Avenida Koeler, no Centro.  

Já na última terça-feira (14), um homem foi preso em Pedro do Rio, após ameaçar sua ex-companheira com uma arma, na residência da vítima. Durante a ação, policiais cercaram a residência e renderam o suspeito, que foi encontrado com munições e um revólver calibre 32. Além de casos específicos, as incursões da polícia em combate ao tráfico de drogas no município tem sido um fator determinante para o grande resultado de apreensões de armas.

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Se de um lado há o combate, do outro a busca pela liberação. No início da semana passada, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou uma ação à Justiça Federal, pedindo a suspensão integral do texto do decreto que facilita o porte de arma, entre outras categorias, para advogados, caminhoneiros e políticos eleitos, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro. Este daria direito ao porte, autorizando o transporte de arma fora de casa.

Indo além, o decreto também permitia que equipamentos de uso restrito das Polícia Militar, Federal e Exército fossem comprados e usados por qualquer cidadão que se estivesse apto para tais requisitos propostos no texto.

Por fim, também seria ampliada a quantidade de munições adquiridas pela sociedade anualmente; menores de idade conseguiriam autorização para a prática de tiro esportivo, sem a necessidade de aval da justiça; e também teria a abertura do mercado nacional para a importação de armas.

Em contrapartida, o MPF argumentou na ação que o decreto “exorbita sua natureza regulamentar e contraria o estatuto do desarmamento, colocando em risco a segurança pública de todos os brasileiros”. A ação ainda ressalta que a ampliação do porte de arma poderia causar efeitos irreversíveis, pois armas de fogo são bens duráveis.



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