Emprego novo em 2020? É hora de avaliar o presente e o futuro

17/01/2020 19:00

Começar o ano com o pé direito é o desejo de 10 entre 10 pessoas. Muitas delas, no entanto, sonham com um emprego novo ou uma oportunidade que traga novas perspectivas, que promova transformações, afinal, de acordo com o inglês Dominique Cummins, responsável pela campanha do Brexit no Reino Unido, “as mudanças são vibrantes”.

No Brasil há 12,6 milhões de pessoas desempregadas, segundo dados divulgados pelo IBGE no último trimestre encerrado em agosto. Para entender um pouco mais o perfil dessas pessoas, uma empresa do segmento econômico divulgou a pesquisa Hábitos de Trabalho, realizada em parceria com a Ipsos. O levantamento ouviu 468 desempregados de todas as regiões do Brasil, sendo desse total, 43% homens e 57% mulheres.

A maioria dos entrevistados, 65%, está sem trabalho há mais de um ano. Para se manter, quase metade dos desempregados afirmou fazer trabalhos paralelos, sem vínculo empregatício. As áreas de atuação são bastante pulverizadas, como serviços de limpeza de casa, revendedor de produtos por catálogos, venda de artesanatos, doces e salgados e serviços domésticos em geral, como manutenção, pintura e elétrica.

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Cursos técnicos podem ser porta de entrada para novas oportunidades

A saída para isso pode ser um curso técnico, já que a previsão é de que haverá uma demanda para os próximos anos, por conta da expectativa da retomada do crescimento econômico previsto por economistas para este ano. Investir num curso técnico pode ser um caminho mais rápido para alcançar este objetivo.

A formação técnica é considerada por muitos uma opção mais interessante, já que requer menos tempo e menor investimento que uma graduação. E até pode ajudar na escolha do curso superior no futuro, caso este seja o desejo. Com duração média de um ano e meio, focado em competências e voltado para a realidade das empresas, a preparação técnica da Firjan Senai agrega um diferencial competitivo ao currículo dos profissionais formados pela instituição. 

Uma boa opção é a formação técnica em eletrotécnica. Diretamente ligadas à tecnologia, as possibilidades no mercado de trabalho deste profissional são amplas, como explica o coordenador da Educação Profissional do Senai, Rogério Sant’Anna. “O profissional técnico em eletrotécnica é muito versátil, pois atua em diversos tipos de empresas e segmentos e, por isso, encontra um amplo mercado de trabalho. Um profissional que domina os conhecimentos desta área pode trabalhar em qualquer tipo empresa, de qualquer porte, inclusive partindo para áreas de automação e robótica, por exemplo”, disse.

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A consultora especialista em gestão e gente, Josy Pinheiro, disse à Tribuna que para aqueles que buscam um emprego ou realocação para outro setor necessita, antes de tudo, de um autoconhecimento para ir atrás daquele trabalho que se encaixa no seu perfil. Para ela, o currículo turbinado não será o único fator para conquistar uma vaga no mercado. “Não basta apenas ter um ótimo currículo. É fundamental que a pessoa tenha um perfil compatível com a demanda exigida pela empresa e que ela esteja pronta para ser treinada pela empresa”, ressaltou Josy. Para ela, um curso técnico pode ser uma excelente opção. “Existe ainda uma forte demanda por profissionais com curso técnico. Mesmo com a evolução do mercado, com o ingresso de novas tecnologias, existe espaço para profissionais sem a exigência de diploma de curso superior”, completou.

A pesquisa apontou que os desempregados, em geral, afirmaram estar dispostos a mudar de área nos próximos cinco anos. Alguns acreditam que estarão numa empresa pequena e para 42% deles, empreender será o caminho.

Quando perguntados sobre os motivos que levaram a sair do último emprego, 39% foram demitidos por corte de pessoal e 20% pediram demissão por motivos pessoais. Insatisfação com o ambiente ou falta de reconhecimento profissional também foram motivos citados pelos entrevistados. No recorte por gênero, a demissão por corte de pessoas foi o mais citado por homens (50%) e saída por motivos pessoais, mais comentado por mulheres (25%).

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Se 2019 foi o ano dos empreendedores e das startups, a expectativa é que 2020 seja ainda mais promissor. Isso porque a taxa de emprego caiu em 2019 e a expectativa é que continue em queda em 2020. Além disso, dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que o índice caiu de 12,5% para 12,2% de 2018 para 2019 e a expectativa é que caia para 11,7% em 2020.

As empresas de tecnologia e startups não ficam para trás. Pelo contrário. Dados da Gama Academy calculam mais de 3.000 vagas abertas nestas empresas. Enquanto isso, a Abstartups atingiu a marca de mais de 12 mil startups mapeadas no Brasil.

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