Empresários apontam o atraso nas obras da serra como problema para os negócios
Ontem (3) foi realizada a segunda edição do Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro. O evento foi realizado na sede da Firjan,localizada na Rua Dom Pedro, e deu continuidade ao trabalho iniciado em 2006,ocasião em que foi elaborado o primeiro Mapa, que tem como objetivo reunir as propostas das indústrias/empresários da cidade para que sejam discutidos quais são os principais problemas que precisam ser solucionados para melhorar o ambiente de negócios da região. Além disso, o material pode ser usado pelos governantes como uma espécie de bússola, apontando quais são as necessidades mais urgentes.E norteia a estratégia de atuaçãodo Sistema Firjan numhorizonte de 10 anos.Em Petrópolis, três, dentre diversos segmentos, foram ressaltados pelos empresários como mais críticos. Entre eles está a necessidade de mais investimentos em infraestrutura como, por exemplo, a urgência na finalização das obras da nova subida da BR-040, levando em conta que a rodovia é um dos principais acessos para receber e escoar mercadorias para outras regi-ões, assim como melhorias na Estrada União e Indústria e a ligação entre os bairros Bingen e Quitandinha, que estão constantemente congestionadas e apresentam condições pouco favoráveis nas vias. “O término da nova subida da serra está a passos de tartaruga. O poder público assumiu a responsabilidade de finalizar essa obra e, portanto,deve cumprir, assim como a sociedade pode e deve cobrar resultados. Por isso, a importância desse Mapa, afinal ele ajuda a nortear medidas que precisam ser realizadas imediatamente. A implantação do Arco Metropolitano, a concessão de rodovias como a BR-101 Norte, a eliminação de gargalos no processamento de cargas internacionais em portos e aeroportos, a criação do Instituto Estadual do Ambiente(Inea) e a reestruturação do sistema de licenciamento ambiental, além do fortalecimento da indústria criativa,por exemplo, foram discutidos na reunião do primeiro Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio”, salientou o Presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira.Outro ponto levantado pelos empresários foi a instabilidade no fornecimento de energia elétrica. Muitos afirmaram ter constantes problemas de picos de luz que atrapalham a rotina de grandes e pequenas indústrias,pois elas acabam tendo a sua produtividade interrompida e, consequentemente, ficam em desvantagem diante da concorrência. “Com os problemas que afetam os grandes e pequenos empresários sanados, é possível observar o ganho econômico para a cidade como um todo.Afinal, gera-se renda e,consequentemente, receita”,explicou a presidente da Representação Regional da Firjan/Cirj na Região Serrana,a empresária Waltraud Keuper Rodrigues Pereira.No primeiro Mapa, 74%das ações traçadas avançaram ou foram concluídas ao longo dos 10 anos.Construído pelos empresários fluminenses, o documento tratou de temas que interferem diretamente no ambiente de negócios, como infraestrutura e logística, gestão pública e educação, que foram trabalhados com as principais lideranças políticas do estado e do país. “A Educação é outro ponto que frisamos muito, pois é importante que as indústrias possam contar com mão de obra qualificada e isso só é possível através de um ensino de qualidade,cursos técnicos, entre outras ações, que fortaleçam esse seguimento no município”,afirmou Waltraud.
Saiba mais – As ações apontadas durante os encontros vão compor o Mapa do Desenvolvimento, que será lançado em maio, mês da indústria,com uma visão geral do estado. O documento ainda será complementado por 10 agendas – nove regionais e uma da capital –, em que as propostas serão ampliadas.