Empresários da Região Serrana apontam principais entraves para a recuperação industrial

17/05/2021 13:10
Por Janaina do Carmo

O encarecimento dos preços da matéria prima e as dificuldades para a exportação são apontados pelos empresários da Região Serrana como entraves para a recuperação industrial em uma pesquisa da Firjan nas cidades de Petrópolis e de Teresópolis, divulgada nesta segunda-feira (17).

A Sondagem Industrial Regional – Estado do Rio de Janeiro mostra que o indicativo do aumento dos preços está em 78%, ou seja, quase a maioria dos empresários abordou o assunto.

“Esse é um movimento percebido não apenas na Região Serrana, mas em todo o Estado do Rio de Janeiro. O custo mais alto da matéria prima e as dificuldades nas exportações devido à pandemia da covid-19 demonstram uma dificuldade do empresário em normalizar a produção”, disse Marcio Afonso, que é especialista de Estudos Econômicos da Firjan. A pesquisa divulgada nesta segunda se refere ao primeiro trimestre de 2021.

Em fevereiro desse ano, o cenário de escassez de matéria prima e preços mais altos já tinha sido relatado pelos empresários. De acordo com a Firjan, na época, seis a cada dez indústrias fluminenses encontravam dificuldade para compra de insumos nacionais e importados, mesmo que pagando mais caro por eles.

Esses problemas apontados pelos empresários impactaram diretamente na produção industrial em 2021, que começou em queda nas duas cidades da Região Serrana. De acordo com pesquisa da Firjan, janeiro e fevereiro foram os meses onde essa queda foi mais acentuada, tendo uma leve melhora em março.

Segundo Márcio, apesar do cenário ainda incerto devido à pandemia e as dificuldades ainda enfrentadas pelo setor industrial na Região Serrana, os empresários se mostraram otimistas em relação ao futuro. “Foi percebida uma queda desse otimismo neste primeiro trimestre de 2021, mas se compararmos com o início da pandemia foi menos intensa. Isso porque em 2020 os empresários estavam incertos em relação ao futuro, estávamos no início da pandemia. Este ano, com avanço da vacinação e com as empresas mais adaptadas a produção com as normas sanitárias e o Home Office, há uma otimismo para os próximos seis meses”, ressaltou Márcio.

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