Energia fica mais cara a partir de hoje
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária que será adotada no mês de outubro, será a vermelha (patamar 2). Ao que indica, os consumidores sentirão no bolso as consequências da estiagem deste mês de setembro. Segundo a agência, esta é a primeira vez que o patamar 2 é acionado, desde que a bandeira vermelha passou a contar com as duas graduações, em janeiro 2016.
No bolso do consumidor isto significa um aumento de R$ 3,50 a cada 100 kWh (quilowatts-hora). Até agora, a bandeira tarifária vermelha só tinha alcançado até o patamar 1, com R$ 3 a cada 100 kWh, que neste ano, foi aplicada nos meses de abril, maio e agosto. No mês de setembro a bandeira tarifá- ria vigente era a amarela, que representa, R$ 2,00 a cada 100 kWh.
De acordo com a Aneel, a mudança na bandeira foi necessária devido ao estado preocupante em que os reservatórios das usinas hidrelétricas se encontram. Quando há períodos longos de
estiagem, e os níveis das usinas ficam baixos, para gerar a demanda de energia é necessário que as usinas térmicas (que são mais caras) sejam acionadas. Gerando um custo maior na produção de energia. Apesar disso, não há risco de falta de abastecimento de energia elétrica, mas é necessário que a população continue adotando medidas de uso consciente e combate ao desperdício.
A agência também divulgou dados do relatório do Programa Mensal de Operação (PMO) do Operador Nacional do Sistema (ONS), que demonstram que a usina térmica mais cara em operação é de 698,14 R$/MWh, da UTE Sepé Tiaraju, no Rio Grande do Sul.
O sistema das bandeiras tarifárias foi criado em 2015 pela Aneel, com o objetivo de repassar ao consumidor o custo real da energia gerada. Possibilitando aos consumidores um acompanhamento do consumo para não levar susto na hora de pagar a conta. As bandeiras funcionam em três níveis: nas cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2), e indicam quando custará a energia em função das condições de geração..