Equilibrar as finanças é o principal desafio dos pequenos negócios do Estado do RJ
O grande desafio de 30% dos empreendedores no Estado do Rio de Janeiro é equilibrar as finanças. O levantamento feito pelo Sebrae Rio, entre os dias 6 e 8 de abril, com a participação de 597 donos de pequenos negócios fluminenses demonstrou que essa não é a única dificuldade encontrada pelas empresas. Para 24% dos empresários, manter o volume de vendas é uma preocupação, seguido do planejamento das atividades diante da crise (21%). Na sequência, 11% dos entrevistados informaram que sua aflição é como manter o seu quadro de funcionários, 7% têm receio sobre a adaptação ao atendimento digital e 5% seguem com dúvidas de como conciliar o atendimento digital com o presencial.
Desde o início da crise, os pequenos negócios passam por dificuldades. No momento, 59% das empresas implementaram mudanças para continuar funcionando. Apesar das adaptações realizadas, 79% alegaram diminuição no faturamento, 9% permaneceram com o rendimento igual, 7% acreditam que foi melhor que o ano passado e 5% não souberam responder.
O levantamento mostra ainda que 58% das empresas fluminenses não estão vendendo de forma online. Dos pequenos negócios que apostaram nos canais digitais, 28% alegaram que as vendas online representaram até 50% de todo o faturamento. Já 14% disseram que esse modelo correspondeu a mais do que 50% da renda.
“Essa análise levou em consideração o primeiro trimestre do ano mais o início de abril, em comparação com o mesmo período do ano passado. Apesar da mudança no comportamento do consumidor, é interessante notar que a maioria das empresas não vende de forma online. A adaptação ao digital junto à recuperação financeira da empresa são os principais desafios para os empreendedores no atual contexto em que vivemos”, pontua Antonio Alvarenga, diretor-superintendente do Sebrae Rio.
Medidas governamentais mais usadas pelos empresários
As medidas econômicas voltadas para a redução dos impactos da pandemia de Covid-19 anunciadas pelo governo federal foram importantes para a manutenção dos pequenos negócios. No Estado do Rio de Janeiro, 45% dos empreendedores não utilizaram nenhuma medida governamental. 15% reduziram ou suspenderam o contrato de trabalho, 14% acessaram linhas de crédito com condições especiais, 12% adiaram o pagamento dos impostos, 4% usaram o auxílio emergencial da Prefeitura para pagamento de salário dos funcionários, 3% aproveitaram a flexibilização de regras para exercício de atividades e 2% conseguiram empréstimos a juro zero.
Para apoiar os pequenos negócios, os empreendedores acreditam que algumas medidas deveriam ser implementadas novamente ou intensificadas pelo governo. 28% esperam novos projetos financeiros como auxílio emergencial e empréstimos a juro zero, 21% querem operações relacionadas ao crédito, 20% desejam medidas tributárias, 14% aguardam ações de estímulo ao consumo e 11% torcem por flexibilização das regras trabalhistas neste período de crise.