Equipes dos Correios podem fazer greve

30/08/2016 11:15

Mais de 1,2 mil funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos de todo o Brasil ameaçam paralisar o serviço. Uma assembleia foi marcada para o próximo sábado (3), quando será decretado o “estado de greve”, anunciando a possibilidade de paralisação.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares (Sintect), durante o encontro serão discutidas as reivindicações e propostas. “Teremos duas assembleias. A primeira no dia 3, onde decretaremos o estado de greve, e a partir daí daremos um prazo até o dia 14 para que a empresa tome uma providência. Caso contrário, se não houver nenhuma contraproposta, nós vamos entrar em greve a partir do dia 14”, disse Ronaldo Martins, presidente do Sintect do Estado do Rio de Janeiro. 

Entre as reivindicações, além do reajuste salarial de acordo com a inflação, está a continuação de benefícios como banco de horas e licença paternidade, que, segundo o Sindicato, sofreriam alterações, conforme proposta apresentada pelos Correios na última reunião. “Tudo indica que haverá uma paralisação. Além de não terem nos apresentado até hoje uma contraproposta, que esperamos há dois meses, estão ameaçando retirar benefícios que nós conquistamos ao longo de muitos anos”, completou Ronaldo.

Caso seja decreta greve no dia 14, todos os setores vão parar de funcionar, inclusive a administração. “São mais de 120 mil trabalhadores no Brasil inteiro, não é só no Estado do Rio. Se for decretada greve, em último caso vão parar os carteiros, os funcionários das agências, dos centros de distribuição e até da administração”, concluiu o presidente do Sintect.

A reunião de sábado acontecerá na Avenida Presidente Vargas, na sede do Sintect, que fica no número 502, centro do Rio de Janeiro.

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) informou que, no momento, não há justificativas para uma paralisação. A empresa disse ainda, em nota, que está em processo de negociação com as representações dos trabalhadores desde o último dia 11, a fim de fechar um acordo que favoreça tanto aos empregados como a empresa.

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