Em abril é celebrado o Dia Mundial de Conscientização da doença
Na última semana foi celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, data criada para chamar atenção da população sobre o tema. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 1% da população acima dos 65 anos conviverá em algum grau com doenças relacionadas ao Parkinson. Com o aumento da expectativa média de vida, a entidade estima que o número possa atingir 3% até 2030, tratando-se da segunda doença neurodegenerativa mais comum, atrás apenas do Alzheimer.
Com este quadro, se torna fundamental ter atenção aos primeiros sintomas da doença, pois o diagnóstico é feito de forma clínica. O neurologista do Hospital Santa Teresa, o médico Vinícius Rodrigues, reafirma a necessidade de observação dos sintomas iniciais.
“O primeiro e clássico sinal da doença é o tremor, principalmente das extremidades, como nas mãos e dedos. Se trata de um tremor em repouso e de baixa intensidade. Com o passar do tempo, os tremores se intensificam, podendo acometer os braços, face, lábios e até o tronco”, comenta Vinícius.
O neurologista ainda afirma que existe um fator social que dificulta o diagnóstico precoce da Doença de Parkinson. “Muitas vezes, as pessoas têm consciência e percebem os tremores e passam a esconder isso da sociedade, evitando expor as mãos, por exemplo. Isso é ruim porque atrasa o diagnóstico e, consequentemente, o início do tratamento”, afirma.
O diagnóstico da Doença de Parkinson é essencialmente clínico e feito a partir dos sintomas manifestados. A partir daí, o paciente deve buscar ajuda médica para ser encaminhado para realizar testes clínicos por um neurologista. Em diversas situações, também será necessário realizar exames complementares de imagem, como ressonância magnética do crânio. Tudo com o objetivo de descartar outras patologias e confirmar o Parkinson como causa.
Vinícius ressalta que a medicina ainda não alcançou a cura das doenças neurodegenerativas, como Parkinson, porém, há importantes avanços no tratamento medicamentoso, gerando aumento na sobrevida dos pacientes nas últimas décadas. Além disso, há na medicina atual a utilização da intervenção cirúrgica mais assertiva em virtude da evolução dos diagnósticos por imagem.